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Empresa reage após coletiva da Civil e se manifesta contra prisões: “postura proativa na reparação de danos”

Coletiva de Imprensa aconteceu na manhã desta quarta-feira (11), em Sertãozinho-SP; acidente teria ocorrido por imprudência de um funcionário

Três pessoas morreram | Foto: Reprodução; Rede social

Após a Polícia Civil de Sertãozinho-SP realizar uma coletiva de imprensa, na manhã desta quarta-feira (11), para apresentar os resultados da investigação contra explosões ocorridas durante o descarregamento de mais 22 toneladas de Clorito de Sódio, em outubro do ano passado, a empresa envolvida no sinistro se manifestou por meio de uma nota.

No texto enviado à imprensa após as declarações oficiais, a empresa esclarece que “não estão presentes os requisitos legais para a decretação de prisão preventiva ou temporária, uma vez que os investigados colaboram com as investigações e têm adotado postura proativa na reparação de danos”.

Conforme comunicado pela Polícia Civil, o incidente teria ocorrido por imprudência de um funcionário, cuja identidade será preservada. Dois representantes foram responsabilizados, e, de acordo com o delegado, o inquérito foi encaminhado à Justiça, para providências.

“As causas que foram verificadas estão no inquérito policial, baseadas em laudos técnicos da CETESB, Secretaria do Meio Ambiente e Auditoria Fiscal do Trabalho. A gente não tem uma causa única, só que elas juntas criaram o resultado”, disse o delegado.

As causas, ainda segundo a autoridade, envolvem a falta de treinamento do operador responsável, a falta de fiscalização, controle e orientação dos funcionários, além da condição inapropriada do galpão de armazenamento do produto.

Somados os fatores, o incidente teria ocorrido durante o descarregamento, quando houve uma falha no trabalho desenvolvido. O operador responsável teria morrido no sinistro, com outras duas vítimas.

Dois diretores foram indiciados por homicídio culposo, lesão corporal e crime ambiental, além de multas administrativas.

Confira a nota da empresa:

“A empresa vem a público esclarecer que não estão presentes os requisitos legais para a decretação de prisão preventiva ou temporária, uma vez que os investigados colaboram com as investigações e têm adotado postura proativa na reparação de danos, inclusive com antecipação voluntária de pagamentos de indenização às vítimas e seus familiares.

Todas as medidas legais e operacionais vêm sendo conduzidas com transparência, ética e pleno respeito às autoridades, à comunidade, às vítimas e ao meio ambiente.

Desde o lamentável acidente ocorrido, a empresa tem agido de forma responsável, adotando uma postura colaborativa com os órgãos competentes e priorizando ações imediatas de reparação e mitigação de danos. Entre essas ações, destacam-se:

• Pagamento de indenização às famílias de duas das três vítimas fatais, com negociações avançadas em relação à terceira família;
• Indenização aos prestadores de serviço que sofreram lesões graves, garantindo suporte financeiro e humano desde o ocorrido;
• Reforma e melhoria de seis imóveis de moradores da região afetada, com pagamento de indenizações por danos morais;
• Aprovação das plantas dos projetos para reconstrução de quatro imóveis, cujas obras iniciam em breve;
• Contratação de empresa especializada na mitigação dos danos ambientais, com atuação técnica e contínua desde os primeiros dias após o acidente;
• Destinação correta e licenciada de resíduos sólidos e líquidos, cumprindo rigorosamente os protocolos ambientais vigentes”.

A explosão aconteceu durante o transbordo da carga de um caminhão de fornecedores, em 2024. Três pessoas morreram ao todo, incluindo dois trabalhadores terceirizados que exerciam a função de carga e descarga dos veículos.

A outra vítima é um funcionário direto da empresa, que manobrava uma empilhadeira no momento do acidente. Cerca de 40 pessoas tiveram que deixar as residências durante as explosões.

Após o acidente a empresa responsável foi multada em mais de 16 milhões de reais pela CETESB.

Assista a reportagem de Éder Martins:

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