RÁDIO AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio

Anvisa alerta para risco raro de cegueira após o uso de semaglutida

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu um alerta sobre um evento adverso muito raro, que pode causar perda da visão repentina e irreversível, associado ao uso de medicamentos que contêm semaglutida —Ozempic, Wegovy e Rybelsus.

A Agência solicitou a inclusão, nas bulas desses medicamentos, da reação adversa “muito rara” chamada Noiana (neuropatia óptica isquêmica anterior não arterítica).

A decisão foi tomada após análises do Comitê de Avaliação de Risco em Farmacovigilância (PRAC) da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), que identificou a Noiana como um possível evento adverso da semaglutida.

No sistema brasileiro de notificação de eventos adversos de medicamentos, o VigiMed (base VigiLyse), foram registradas 52 notificações de suspeitas de distúrbios oculares relacionadas ao princípio ativo.

Médicos devem alertar os pacientes, mesmo que a condição seja rara. Quem apresentar sintomas como perda repentina de visão, visão turva ou piora rápida da visão durante o tratamento com semaglutida deve procurar atendimento médico imediato. Caso a Noiana seja confirmada, o tratamento deve ser interrompido.

Em nota, a Novo Nordisk —fabricante do Ozempic, Wegovy e Rybelsus— afirma que prioriza a segurança dos pacientes e que leva a sério todos os relatos de eventos adversos relacionados ao uso dos medicamentos.

“Trabalhamos em estreita colaboração com autoridades e órgãos regulatórios em todo o mundo para monitorar continuamente o perfil de segurança de nossos produtos”, diz trecho do texto enviado à reportagem.

Segundo a farmacêutica, a semaglutida foi estudada em programas clínicos robustos, com mais de 52 mil pacientes expostos à substância, além de uma exposição adicional equivalente a mais de 33 milhões de pacientes-ano em uso pós-comercialização.

Com base no conjunto total de evidências, a farmacêutica concluiu que os dados não sugerem uma possibilidade razoável de relação causal entre a semaglutida e a neuropatia óptica isquêmica anterior não arterítica e que o perfil de risco-benefício da substância continua favorável.

A empresa afirma, ainda, que colaborará com a EMA para implementar a atualização nas bulas, e que trabalha em colaboração com autoridades e órgãos regulatórios em todo o mundo para monitorar continuamente o perfil de segurança de seus produtos

Redação / Folhapress

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS