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Países do G7 pedirão desescalada do conflito Israel-Irã em declaração final

CALGARY, CANADÁ (FOLHAPRESS) – Os países que compõem o G7, grupo das sete principais economias do mundo, prepararam um rascunho de uma declaração conjunta pedindo a desescalada na guerra entre Israel e Irã. Segundo informações da agência de notícias Reuters, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, porém, ainda não endossou o documento e, de acordo com a Casa Branca, não pretende assinar a manifestação.

A prévia do declaração, vista pela agência, afirma que Israel tem o direito de se defender e inclui um compromisso dos países de proteger a estabilidade dos mercados, inclusive os de energia.

Em paralelo, o premiê alemão, Friedrich Merz, disse a repórteres nesta segunda que os países devem deixar claro que o Irã não poderá, sob nenhuma hipótese, “adquirir material capaz de ser usado em armas nucleares”.

A cúpula do G7 ocorre nesta semana em Kananaskis, no Canadá, que sedia o evento. Além do anfitrião e dos EUA, são membros do grupo o Reino Unido, a França, a Alemanha, a Itália e o Japão. A União Europeia também faz parte.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi convidado a participar da reunião expandida do grupo, que será nesta terça-feira (17). O brasileiro deve desembarcar na noite desta segunda em Calgary.

Lula aceitou uma reunião bilateral com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski. O horário da reunião ainda não está fechado. Ele também se reunirá com o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney.

Também nesta segunda, os países-membros tiveram uma série de reuniões fechadas, que ocorrem em meio ao conflito no Oriente Médio e à dificuldade de Trump em conseguir o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia, o que ele havia prometido fazer. Também fazem parte das discussões as tensões comerciais com as demais nações.

Trump reuniu-se na manhã desta segunda com Carney. Ao lado do premiê canadense, criticou a ausência da Rússia no grupo. “Foi um grande erro. Obama não o queria [em referência a Vladimir Putin].” A Rússia fez parte do G7 (que virou G8) de 1998 a 2014, quando foi excluída por ter anexado a Crimeia, então território da Ucrânia.

“Isso foi um grande erro. Você não teria essa guerra. Sabe, você tem seu inimigo à mesa -eu nem considerava, ele nem era realmente um inimigo naquela época. Não havia esse conceito- se eu fosse presidente, essa guerra nunca teria acontecido.”

“Putin fala comigo, ele não fala com mais ninguém porque se sentiu insultado quando foi expulso do G8”, continuou o americano. Trump ainda avaliou que não seria uma “má ideia” que a China fosse parte do grupo.

Depois, o americano se reuniu com Merz. Após o encontro, o porta-voz do governo alemão, Stefan Kornelius, confirmou que o G7 discute a possibilidade de uma declaração conjunta sobre o Oriente Médio, ressaltando que o objetivo seria produzir um documento com impacto político.

Segundo ele, no entanto, a decisão final caberá aos EUA, principal aliado militar e diplomático de Israel. Kornelius explicou que os impasses entre os membros do grupo residem principalmente na escolha das palavras, já que a redação precisa atender aos interesses de todos os países envolvidos.

Neste segunda, o líder indígena canadense Steven Crowchild, que recebeu os chefes de Estado na chegada à cúpula do G7, disse a jornalistas ter sido tomado pela raiva e quase se retirado do local antes da chegada de Trump, a quem acusa de ter “causado muita dor e sofrimento no mundo”.

Apesar do sentimento, Crowchild optou por permanecer na pista após orar e consultar os anciãos de sua comunidade. Ele teve uma longa conversa com o presidente americano, com o objetivo de chamar atenção para temas fundamentais aos povos das Primeiras Nações do Canadá, como a promoção da paz, a preservação da água potável e a defesa de direitos indígenas.

JULIA CHAIB / Folhapress

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