RÁDIO AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio

Inverno começa com mais cara de inverno em SP, sem o calorão dos últimos anos

O meteorologista Vitor Takao, da Climatempo, explica que haverá problemas com algumas fases de calor e ausência de chuvas

Inverno começa nesta sexta | Josué Suzuki
Inverno começa nesta sexta | Josué Suzuki

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Depois de dois anos de invernos quentes e secos, finalmente os paulistas podem esperar uma estação com cara de inverno. Pelo menos é o que indicam os institutos de meteorologia para o período em 2025, que começa às 23h42 desta sexta-feira (20) e se estende até o dia 22 de setembro, às 15h19, quando se inicia a primavera.

O meteorologista Vitor Takao, da Climatempo, explica que haverá problemas com algumas fases de calor e ausência de chuvas, mas os episódios não devem ser tão extremos como nos dois últimos anos, quando temperaturas acima de 30°C e tempo seco provocaram queimadas em vários lugares do país e, principalmente, do estado de São Paulo.

“Nos últimos anos, o El Niño foi muito forte, o que acabou impactando naturalmente o tempo em todo o país. O que vai ajudar a modular a chuva e a temperatura na região metropolitana de São Paulo este ano é a passagem de frentes frias”, diz Takao, destacando que, na maioria da vezes, as frentes frias devem passar pelo oceano, o que provocará quedas das temperaturas.

Michael Pantera, meteorologista do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) da Prefeitura de São Paulo, também destaca a previsão de estabilidade climática para este ano. “A previsão é de uma estação com neutralidade climática, diferentemente do ano anterior, que teve a atuação do fenômeno La Niña, que esfria as águas do Pacífico equatorial. Os modelos numéricos indicam que o inverno deve apresentar temperaturas ligeiramente acima da média e chuvas em torno do esperado”.

Takao explica que, de acordo com os dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a média da temperatura mínima para o inverno de São Paulo é de 13°C, e a máxima, de 23°C. E os modelos de previsão utilizados destacam justamente essa faixa de temperatura como a mais provável nos próximos três meses.

Já para o CGE, que mantém monitoramento em 33 estações meteorológicas no município, as médias esperadas são:

– Junho: Mínima média de 13,4°C; máxima média de 23°C

– Julho: Mínima média de 12,7°C; máxima média de 23°C

– Agosto: Mínima média de 13,4°C; máxima média de 24,3°C

– Setembro: Mínima média de 15,2°C; máxima média de 25,9°C

Em relação às chuvas, esta época do ano tradicionalmente possui menor precipitação. Assim, a média esperada para julho na capital paulista é de 48 mm; para agosto é de 32 mm; e, para setembro, de 83 mm, por estar mais próximo da primavera.

“De julho a setembro, os mapas de anomalias, que mostram se a chuva será acima ou abaixo da média, enxergam chuvas um pouco acima da média para São Paulo”, afirma Takao.

De acordo com o meteorologista, esse aumento da umidade em relação aos anos anteriores não deverá eliminar totalmente o problema das queimadas, principalmente, no interior do estado. Isso porque o inverno é tradicionalmente mais seco, o que favorece a proliferação de incêndios. No entanto, a expectativa não é de situação tão extrema como a vivida em 2024.

Os dados do CGE, que mantém histórico pluviométrico na capital paulista desde 1995, registram a média de chuva esperada para todo o inverno de 131,9 mm. O mais chuvoso desde o início das medições foi o de 2009, com 352,2 mm, já o que registrou o menor acumulado foi o de 2017, com 61,6 mm.

Pantera também alerta para outra característica do inverno paulista: a amplitude térmica, com grande diferença entre as temperaturas mínima e máxima no decorrer do mesmo dia.

“No inverno é comum a passagem de frentes frias associadas a massas de ar frio e a ocorrência de recordes de temperatura mínima. É comum também eventos de ‘estiagem’, com períodos prolongados sem chuva e temperaturas mais elevadas e, por isso, são observados dias com grande amplitude térmica”, comenta Pantera. “Ainda podem ocorrer a formação de nevoeiros e geadas em locais mais elevados e a inversão térmica, que é quando uma camada de ar quente se sobrepõe a uma mais fria.”

CLAUDINEI QUEIROZ / Folhapress

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS