SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A cidade de São Paulo bateu recorde de frio do ano manhã desta quarta-feira (25), com média de 6 ºC. No extremo sul da capital, os termômetros ficaram ainda mais baixos, com temperaturas negativas. A área, cercada de verde, é historicamente mais fria e bateu valores negativos no ano passado.
Estação de medição de Parelheiros-Rodoanel teve mínima de -0,3 ºC na manhã desta quarta-feira. A informação é do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura de São Paulo).
Capela do Socorro e Marsilac têm temperaturas naturalmente mais baixas. Isso acontece por uma série de fatores, segundo o CGE.
Proximidade da Serra do Mar e de duas represas diminui temperatura da região. O bairro de Marsilac abriga uma parte da Serra do Mar e fica a poucos quilômetros das represas Billings e Guarapiranga. A soma da área verde e dos corpos d’água cria no local um contraste em relação a partes da capital que têm muitas construções, aumentando as temperaturas. O mesmo padrão se repete em partes da zona norte que ficam perto da Serra da Cantareira.
Proximidade do mar também ajuda. O bairro de Marsilac faz divisa com a cidade litorânea de Itanhaém. Se traçarmos uma linha reta entre o ponto mais extremo do bairro e o mar, teremos uma distância de 10 quilômetros. “Esta área fica muito próxima do litoral e tem uma influência direta da umidade do oceano”, afirmou o técnico em meteorologia do CGE, Adilson Nazário, ao UOL.
“São Paulo é uma cidade muito heterogênea. Ela tem locais como o centro, que é muito impermeabilizado, tem muitos prédios, como a zona leste, que não tem grandes espelhos d’água, e vegetação. Essas áreas tendem a ter temperaturas mais altas, já que retém o calor solar”, disse Adilson Nazário
Para ser mais democrático, o CGE analisa a temperatura em pontos diferentes da cidade. O órgão recebe dados de estações meteorológicas espalhadas pela capital, geralmente do Instituto Nacional de Meteorologia, e tira uma média, como a divulgada na manhã desta quarta-feira (25). As mínimas absolutas, como são chamadas as menores temperaturas do dia, também são divulgadas como uma forma de mostrar o contraste da cidade.
LORENA BARROS / Folhapress
