Lumar Costa da Silva, de 34 anos, que em 2019 matou a própria tia e arrancou o coração dela, em Sorriso (MT), está desde a última sexta-feira (21) sob tratamento psiquiátrico em uma unidade do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Campinas. A transferência foi autorizada pela 2ª Vara Criminal de Cuiabá com base em laudos médicos que atestam estabilidade clínica do paciente.
Absolvido em 2022 por inimputabilidade penal, após diagnóstico de transtorno mental crônico, Lumar cumpria internação por tempo indeterminado em um hospital de custódia. Agora, por decisão judicial, ele passa a ser acompanhado no CAPS III de Campinas, com supervisão contínua do pai e cumprimento de exigências legais.
Entre as condições impostas pela Justiça estão o comparecimento mensal à unidade com apresentação de relatórios, proibição de sair da comarca sem autorização, e restrições ao consumo de álcool e drogas. Ele também está impedido de frequentar locais considerados inapropriados, como casas de jogos e prostíbulos.
O crime cometido em julho de 2019 chocou o país pela brutalidade. Após matar Maria Zélia da Silva, de 55 anos, Lumar teria entregue o coração da vítima à própria filha dela. Em decisão judicial posterior, a Justiça reconheceu que o réu não tinha condições mentais de responder criminalmente e determinou sua internação para tratamento.
Campinas conta atualmente com 14 unidades de CAPS, voltadas ao atendimento de pessoas com transtornos mentais e dependência química. Os centros oferecem consultas médicas, oficinas terapêuticas, acompanhamento familiar e, em algumas unidades, leitos para internação. Os atendimentos podem ser feitos por demanda espontânea ou encaminhamento pela rede municipal de saúde.



