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“Pau que nasce torto…”10 ditados do folclore brasileiro que você já falou sem saber de onde vieram

Tem coisa mais brasileira do que soltar um “pau que nasce torto, nunca se indireita” no meio da conversa e ninguém nem piscar? Os ditados populares são aquelas frases certeiras, engraçadas e cheias de ironia que atravessam gerações e continuam atuais, seja em uma conversa de bar, em um grupo de WhatsApp da família ou na legenda de meme.

O que muita gente não sabe é que essas expressões vêm lá do fundo da cultura popular brasileira. São heranças da oralidade, da vivência nas roças, feiras, engenhos e becos do país. Marcas da sabedoria coletiva, carregam um tanto de verdade, outro tanto de exagero e uma boa dose de criatividade.

Veja também:

Saiba o que 10 ditados do folclore nacional dizem sobre o nosso jeito de viver, pensar e contar histórias.

1. “Santo de casa não faz milagre”

Freepik | Reprodução

Você pode ser o melhor no que faz, mas sua família vai continuar te tratando como quem só lava a louça.

A expressão é antiga e nasceu da fé popular: por mais milagroso que fosse um santo, os fiéis sempre acreditavam mais em um “de fora”. Tipo aquele palestrante gringo que diz a mesma coisa que o colega brasileiro, mas recebe mais aplauso.

2. “Quem conta um conto, aumenta um ponto”

Freepik | Reprodução

Não existe versão oficial de fofoca. Cada um dá um temperinho a mais.

É uma homenagem ao nosso dom natural de florear histórias. E olha que isso já era assim nos tempos em que tudo era contado de boca em boca, nos terreiros, feiras, rodas de viola…

3. “Casa de ferreiro, espeto de pau”

Freepik | Reprodução

A pessoa é ótima no que faz, menos quando se trata da própria vida.

Do tempo dos artesãos, quando o ferreiro fazia espeto pra todo mundo, menos pra ele. Hoje, vale pra psicólogo estressado, nutricionista que vive de fast food e designer com o site fora do ar.

4. “Mais perdido que cachorro em dia de mudança”

Freepik | Reprodução

Alguém completamente desorientado. Tipo quem entra no grupo errado do Zap e manda “cheguei”.

Tem tom dramático e nasceu na linguagem popular urbana, especialmente no Rio de Janeiro do século 20.

5. “Devagar se vai ao longe”

Freepik | Reprodução

Às vezes é melhor ter persistência e constância em vez de pressa para chegar aonde se quer.

Direto da roça, do tempo em que a pressa era inimiga da plantação.

6. “Onde há fumaça, há fogo”

Freepik | Reprodução

Se tá estranho, provavelmente tem coisa aí. E se tem boato, tem rastro.

Uma lógica milenar que atravessou fogueiras, fornos, becos e fofocas.

7. “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”

Freepik | Reprodução

Mais uma vez, persistência é tudo, minha filha.

É o ditado da esperança em loop: se não deu hoje, amanhã a gente tenta de novo.

8. “Pau que nasce torto, nunca se endireita”

Freepik | Reprodução

Tem gente que a gente pode dar conselho, dar bronca, mandar pra terapia, que continua do mesmo jeitinho. É aquele amigo que promete que vai mudar, mas continua chegando atrasado, devendo dinheiro, não arrumando emprego.

Esse ditado tem raízes no interior do Brasil, especialmente no Nordeste, e é inspirado na vida do campo. Quando um galho nasce torto, não tem muito o que fazer: ele vai crescer assim mesmo, meio de lado. Já foi até tema de pagode dos anos 90, e não perde o ritmo.

9. “Papagaio come milho, periquito leva a fama”

Freepik | Reprodução

Alguém faz, outro leva a culpa (ou os créditos). Clássico.

Do campo e dos ditos de feira. Os bichos são só metáfora: vale para a reunião no trabalho, para a política, para a vida em grupo. Sempre tem um periquito injustiçado.

10. “Pimenta nos olhos dos outros é refresco”

Freepik | Reprodução

Quando não é com você, tudo parece simples.

Todo mundo tem um ditado na ponta da língua

Os ditados populares são tipo aquele tio do churrasco: exagerados, engraçados, mas cheios de razão. Atravessam gerações porque fazem sentido e ainda tiram risada. São pedaços da nossa cultura que mostram como o Brasil pensa, sente e se comunica.

Então da próxima vez que você soltar um “quem conta um conto, aumenta um ponto”, saiba: você está repetindo um pedaço do folclore brasileiro. E tá tudo certo em fazer isso com bom humor.

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