Cerca de 30 a 40 pessoas interditaram, na manhã desta quinta-feira, 10, a Rodovia Professor Zeferino Vaz (SP-332), altura do km 128, em Paulínia, em frente à Replan (Refinaria de Paulínia). A manifestação é em protesto à morte de Carlos Rodrigo Medeiros, prestador de serviço de uma empresa terceirizada, que morreu no mês passado após um acidente dentro da refinaria.
O ato começou por volta das 5h da manhã e bloqueia o trânsito de caminhões. A Polícia Rodoviária e equipes do policiamento territorial estão no local, negociando com os manifestantes. Um desvio operacional foi montado no km 126, com retorno dentro do município de Paulínia.
Carlos Rodrigo foi atingido por uma peça metálica durante uma atividade de manutenção na tarde do dia 20 de junho. Ele foi socorrido inicialmente em Paulínia e depois transferido para um hospital particular em Campinas, mas morreu na madrugada do dia 21.

A Petrobras, que administra a Replan, informou que está prestando assistência à família, notificou os órgãos competentes e instaurou uma comissão para investigar as causas do acidente. Um canal de suporte psicológico 24 horas foi disponibilizado para os trabalhadores da unidade.
O caso foi registrado na Delegacia de Polícia de Paulínia como acidente de trabalho com morte, e as investigações seguem acompanhadas pelo Ministério Público do Trabalho e pela Polícia Civil.
A rodovia foi liberada há pouco e o tráfego já está sendo normalizado.
Em nota, a QWS Serviços informou que “forneceu e mantém à disposição da família do colaborador Carlos Rodrigo Medeiros, atendimento psicológico e material, desde o trágico acidente do qual foi vítima, três semanas atrás. As obrigações financeiras foram cumpridas imediatamente e os benefícios estão mantidos”.
“Como nosso serviço social mantém contato frequente com a família e o Sinticom, a empresa recebeu com surpresa a notícia de manifestação de protesto para exigir posição da empresa sobre a garantia de subsistência da família. A empresa também contatou a presidência do Sinticom, que informou não ter ingerência sobre a manifestação” declarou.





