A campanha eleitoral em Ribeirão Preto chegou, de vez, às páginas policiais. Mayra Ribeiro de Oliveira, pré-candidata a vice-prefeito pelo Psol entrou com uma representação criminal, nesta sexta-feira (25), contra Alexandre Sousa, Ele foi acusado por discriminação contra a candidata do partido à vice-prefeita, que é cega. Procurado, Sousa informou que fez criticas à ideologia do partido e informou que a representação decorre de uma postura “vitimista” da esquerda.
Sousa havia anunciado, anteriormente, a intenção de disputar uma cadeira na Câmara de Ribeirão pelo Patriotas, mas informou à reportagem que não será candidato nestas eleições e que havia pedido sua exclusão do partido em janeiro. De acordo com a representação, Sousa, que foi candidato a prefeito nas eleições de 2016, comentou, em uma postagem nas redes sociais, ofensas discriminatórias contra a assistente social Mayra Ribeiro de Oliveira.
Em uma foto postada pela coordenação da campanha do partido, que tem Mauro Inácio como candidato a prefeito, Mayra aparece ao lado dele. Na legenda, a frase “a pré-candidatura para dar outro rumo na política de Ribeirão Preto”.
Sousa postou, de ser perfil, a seguinte frase: “Pré-candidatura para dar outro rumo para Ribeirão Preto? Mas para que rumo essa moça está olhando?”.
Argumento
No entender de Maya, Alexandre Sousa promoveu discriminação contra as pessoas com deficiência.
“Na verdade, os dizeres em tom jocoso proferidos associados à foto (…) constituem grave manifestação de preconceito à pessoa com deficiência, inclusive incitando à comunidade que afaste as pessoas com deficiência da vida política, em uma deletéria postura capacitista”, diz o documento, enviado ao Ministério Público.
Pena
Se a representação se transformar em processo penal e Sousa for condenado, Sousa está sujeito a uma pena de até cinco anos de reclusão. A pena é agravada pelo uso das redes sociais para perpetrar a discriminação, segundo o Código Penal Brasileiro.
Procurado, Alexandre Sousa informou que limitou-se a compartilhar uma postagem printada do Facebook, que ele viu nas redes sociais, e que a intenção era criticar “as metas do Psol”. “Isso não é discriminação e sim opinião contra a doutrina socialista que matou milhões de pessoas no mundo”, disse.