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Marcas da Ressaca: Santos Inicia Reconstrução Após Ondas de Quase 4 Metros Destruírem Trechos da Orla

Foto: Produção

Os efeitos da forte ressaca que atingiu o litoral paulista no final de julho ainda são visíveis em Santos. A cidade contabiliza os danos provocados pelas ondas que, entre os dias 29 e 30 de julho, chegaram a quase 4 metros de altura e causaram estragos principalmente nos bairros Boqueirão e Ponta da Praia.

Durante os dois dias de ressaca, o mar invadiu calçadões, derrubou muretas, abriu crateras nas calçadas e danificou equipamentos públicos como lixeiras, brinquedos de praças e bancos. Em alguns pontos, o alagamento exigiu a interdição de trechos da orla. Segundo a Prefeitura, a maior onda registrada chegou a 3,98 metros.

Na manhã desta segunda-feira (4), as equipes da Secretaria das Prefeituras Regionais (Sepref) e da Terra Santos seguem mobilizadas para recuperar os danos. São mais de 200 funcionários envolvidos nas ações, que incluem retirada de entulho, reconstrução das estruturas afetadas e limpeza das áreas atingidas. O município estima que a recuperação total leve cerca de um mês.

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Porto de Santos ficou fechado por quase 30 horas

A força das ondas e dos ventos também impactou diretamente a operação do Porto de Santos. De acordo com a Praticagem de São Paulo, o canal de navegação ficou fechado por quase 29 horas em dois períodos distintos. No total, 15 embarcações ficaram paradas até que as condições voltassem à normalidade na manhã de quarta-feira (31), por volta das 9h30.

Segundo Carlos Alberto de Souza Filho, diretor de Relações Institucionais da Praticagem de São Paulo, esse tipo de paralisação é incomum, mas pode ocorrer diante de eventos extremos. “Os fenômenos meteorológicos estão cada vez mais extremos. Tivemos a maior altura de ondas registrada pelos nossos equipamentos, com 3,98 metros”, afirmou. Ele ainda destacou o uso de sensores que monitoram, em tempo real, as condições marítimas, permitindo uma retomada segura das operações.

Para Fábio Mello Fontes, presidente da Praticagem de São Paulo, a decisão de suspender temporariamente as manobras foi uma medida essencial. “A proteção da navegação e a segurança para o Porto de Santos, o meio ambiente e a comunidade são os cuidados adotados em conjunto pelas autoridades marítima e portuária e a praticagem”, disse.

Com a reabertura do canal, a prioridade foi liberar as embarcações que já estavam atracadas, permitindo o revezamento e a retomada gradual do ritmo normal das operações.

População sente os impactos

Moradores e comerciantes das áreas mais afetadas relatam os transtornos. Alguns enfrentam dificuldades para circular pelos calçadões danificados, enquanto outros se preocupam com a segurança em dias de maré alta. “Nunca tinha visto o mar subir tanto assim. O calçadão virou uma piscina em poucos minutos”, comentou um morador do Boqueirão.

A expectativa da prefeitura é que as ações emergenciais sejam concluídas nas próximas semanas, mas o alerta fica para a possibilidade de novos eventos extremos. A Marinha do Brasil já havia informado que as condições adversas poderiam persistir até o dia 31 de julho, com ondas de até 3,5 metros entre Iguape (SP) e Macaé (RJ).

Enquanto as equipes seguem no trabalho de recuperação, Santos tenta voltar à rotina, ainda sob os efeitos de uma das ressacas mais intensas dos últimos anos.

Veja mais detalhes na reportagem:

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