Já se passaram 12 dias desde o assassinato do motoboy Lizandro Roberto dos Santos, de 23 anos, morto a tiros durante a madrugada enquanto fazia entregas em Jaguariúna. Pai de dois filhos pequenos, ele foi executado enquanto trabalhava, e até agora a Polícia Civil não apontou suspeitos ou a motivação do crime.
A família, que vive a angústia da falta de respostas, levanta hipóteses sobre a morte. Um dos pontos que mais chama a atenção é que Lizandro já havia sido vítima de agressões em agosto do ano passado, supostamente motivadas por uma dívida com agiotas. As imagens do espancamento, registrado em frente a uma adega onde trabalhava, mostram uma mulher conversando com ele enquanto o marido — um policial militar — o derruba no chão e o agride com socos, tapas e chutes.
Dias após o episódio, Lizandro foi demitido por justa causa. O caso gerou constrangimento para o jovem, mas ele entrou na Justiça contra a empresa e venceu o processo, conquistando o direito a uma indenização de R$ 12 mil, que começaria a ser paga neste mês. A família questiona se alguém sabia que ele receberia esse valor e se isso poderia ter sido um fator para o crime.
Além disso, parentes afirmam que já haviam quitado, em fevereiro de 2023, uma dívida de R$ 2 mil com a mesma mulher que aparece no vídeo das agressões. Mesmo assim, Amanda, irmã de Lizandro, relata que ainda havia pessoas cobrando supostos débitos em nome dele pouco antes da morte.
Nas redes sociais, Lizandro demonstrava o amor pelos filhos e compartilhava momentos com as crianças. Agora, os dois meninos crescerão sem o pai.
A Polícia Civil apura se há relação entre as dívidas antigas, as agressões e o homicídio. Enquanto isso, a família pede justiça e espera que o responsável seja encontrado e punido.






