Entre os dias 15 e 24 de Agosto acontece, em Ribeirão, a 24ª edição da Feira Internacional do Livro. São 10 dias de programação cultural e mais de 500 atividades gratuitas, com o tema “Futuros Possíveis: entre linhas e parágrafos”. Entre as atividades, quem quiser visitar o espaço da feira, poderá participar de conferências, salões de ideias, sessões de homenagens, debates, bate-papos, espetáculos teatrais, shows de música, exposições, sessões de autógrafos e uma agenda especial voltada para o público infantil.
Segundo a pesquisa Retratos da Leitura, realizada em 2024, em 4 anos, o Brasil perdeu mais 6 milhões de leitores, enquanto as redes sociais como o Instagram e o Facebook ganharam espaço no tempo livre do brasileiro. Nesse cenário, incentivar o contato com a literatura desde a infância, seja por entidades privadas ou pelo Estado, é fundamental para formar cidadãos críticos e criativos. E a Feira do Livro, com seu caráter gratuito e sua diversidade de atrações, cumpre esse papel: desperta interesse, valoriza a cultura e democratiza o acesso ao universo literário de forma dinâmica e divertida.
A literatura é o que nos faz criar laços sociais, conhecer mundo além da nossa realidade e questionar nossos ideais, literatura é arte e arte é o que nos mantém vivos. Assim, pensarmos na união do poder público com entidades privadas é o caminho potente para proporcionarmos experiências artísticas para nossa sociedade. A Feira do livro é esse espaço, um ambiente de trocas culturais, mesclas de cultura e erupções de ideias e conhecimentos.
Durante a Feira, a Prefeitura de Ribeirão Preto, em parceria com a Fundação do Livro, apresenta diversas ações para promover a visita de estudantes da rede municipal de ensino. Ao todo 10.300 alunos terão acesso à Feira, com direito a transporte gratuito e vale-livro, garantindo não só a presença, mas também uma experiência enriquecedora. Além disso, o estande da prefeitura recebe oficinas artísticas, apresentações musicais e atividades de educação ambiental — iniciativas que ampliam o aprendizado e despertam o interesse dos estudantes por diferentes temas.
Em 2025, a FIL se expande ainda mais. Além da Esplanada do Theatro Pedro II e da Praça XV, outros espaços culturais da cidade passam a integrar a programação, como a Biblioteca Padre Euclides, os museus Casa da Memória Italiana e da Imagem e do Som (MIS), o Teatro Auxiliadora, o Teatro Sesi e o Centro Cultural Quintino. A descentralização reforça o compromisso de levar a literatura e a arte para diferentes regiões da cidade, garantindo que mais pessoas possam usufruir das atividades.
É importante lembrar que, no Brasil, o acesso à cultura ainda é elitizado. Muitas vezes, ingressos e deslocamentos tornam inviável a presença da maioria das famílias em eventos culturais. Por isso, iniciativas gratuitas e descentralizadas, como a Feira do Livro de Ribeirão Preto, são tão relevantes. Elas não apenas ampliam o acesso da periferia às atividades, mas também trazem a periferia para o protagonismo da produção cultural — como no estande da Central Única das Favelas (CUFA), que valoriza a educação, a cultura e o desenvolvimento social.
Se é através da leitura que planejamos nosso futuro, a Feira Internacional do Livro é o espaço coletivo para imaginarmos os Futuros Possíveis entre linhas e parágrafos.



