O mercado da estética está em uma nova fase. Atualmente, a naturalidade se tornou a principal demanda para quem busca procedimentos de harmonização facial. Essa tendência acompanha uma mudança global de comportamento. Celebridades e influenciadores, por exemplo, também rejeitam excessos e valorizam a beleza autêntica.
Crescimento de procedimentos sutis
De acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), procedimentos minimamente invasivos cresceram mais de 30% nos últimos cinco anos. O destaque vai para protocolos que entregam sutileza e preservam os traços naturais. A especialista em harmonização facial, Dra. Érika Kugler, confirma que essa mudança também é visível em seu consultório.
“Antes, muitos pacientes vinham com fotos de celebridades e pediam para copiar aquele rosto. Hoje, o que predomina é o desejo de realçar a própria identidade”, explica a especialista. Ela acrescenta que a ideia é corrigir pontos específicos e devolver frescor, mas sem transformar os traços característicos. “A ideia é ouvir ‘você está bem’, e não ‘o que você fez?’”, afirma.
Entre os procedimentos mais procurados estão a aplicação de toxina botulínica em pontos estratégicos, bioestimuladores de colágeno e pequenas reposições de ácido hialurônico. Além disso, a adesão a protocolos combinados também cresce, tratando de forma global a flacidez, a textura e o viço da pele.
Excesso pode causar envelhecimento
Se a busca atual é por equilíbrio, o excesso de procedimentos ainda deixa marcas. O exagero pode causar distorções anatômicas e até transmitir envelhecimento precoce. “O rosto perde leveza quando se ultrapassa o limite”, observa a Dra. Érika. Ela ainda cita lábios desproporcionais, maçãs do rosto muito marcadas e a famosa “face inchada” como sinais de que a naturalidade foi comprometida.
Pesquisas da Aesthetic Surgery Journal mostram que pacientes submetidos a preenchimentos excessivos tendem a parecer mais velhos ao longo do tempo. Esse efeito contrasta com os resultados de quem passou por protocolos sutis e bem planejados.
Avaliação criteriosa e planejamento
Para garantir resultados duradouros e harmoniosos, a médica defende a avaliação criteriosa de cada caso. “Cada rosto tem uma ‘cota de naturalidade’. Ultrapassar esse ponto significa perder o equilíbrio estético”, explica.
Segundo a Dra. Érika, a técnica sozinha não é suficiente. Por isso, ela analisa a queixa principal, o histórico de procedimentos, as proporções faciais e até o estilo de vida do paciente. “É preciso ter um olhar clínico para prever como o resultado vai se comportar no tempo”, conclui.
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A elaboração de um plano personalizado é essencial. O planejamento organiza as prioridades, distribui os procedimentos ao longo do tempo e garante que cada etapa seja complementar, e não excessiva. Para a Dra. Érika Kugler, a naturalidade se tornou sinônimo de saúde, bom gosto e cuidado responsável.
