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Música e política: quando a canção vira resistência

A música e a política sempre mantiveram uma relação intensa, especialmente em contextos de censura, repressão e transformação social. No Brasil, durante a ditadura militar (1964–1985), essa ligação tornou-se ainda mais evidente: compositores e intérpretes usaram a arte como forma de resistência, denúncia e esperança.

Gilberto Gil, Chico Buarque e Caetano Veloso foram protagonistas desse período, cada um à sua maneira. Através de suas canções, letras metafóricas e performances, criaram diálogos profundos com a realidade do país e desafiaram os limites impostos pelo regime.

Chico Buarque destacou-se como um dos artistas mais censurados da época. Sua habilidade de criar letras carregadas de metáforas e duplos sentidos como em “Apesar de Você” tornou-se uma forma de driblar a censura e, ao mesmo tempo, dar voz à insatisfação popular.

Já Gilberto Gil e Caetano Veloso, vindos do movimento tropicalista, inovaram ao misturar música brasileira com referências estrangeiras, propondo uma estética ousada que foi vista como subversiva pelos militares. Ambos foram presos e posteriormente exilados em Londres, evidenciando como sua arte era percebida como ameaça ao regime.

Mais do que entretenimento, a música desses artistas tornou-se ferramenta política, unindo crítica social, poesia e inovação cultural. O público encontrava em suas canções não apenas beleza estética, mas também um espaço de resistência, de questionamento e de reafirmação da liberdade.

Assim, no Brasil da ditadura, música e política não apenas se misturaram, mas se tornaram indissociáveis. A obra de Gil, Chico e Caetano mostra que a canção pode ser ao mesmo tempo arte, denúncia e esperança e que, diante da repressão, a voz cantada pode ecoar mais forte que o silêncio imposto.

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