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Após início de greve, trabalhadores da Embraer farão nova assembleia nesta quarta (17) em São José

Empresa apresentou nova proposta após paralisação.

Após início de greve, trabalhadores da Embraer farão nova assembleia nesta quarta (17) em São José
Foto: Filipe Alves/TH+ SBT Vale

Os trabalhadores da Embraer, em São José dos Campos, participam na tarde desta quarta-feira (17) de uma nova assembleia, convocada pelo Sindicato dos Metalúrgicos, para avaliar a última proposta apresentada pela empresa. A votação está marcada para 15h, na portaria principal da fábrica localizada na Avenida Faria Lima, com a presença de funcionários do primeiro e segundo turnos.

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A nova rodada de deliberação acontece horas após o início de uma greve por tempo indeterminado, aprovada pela categoria no começo da manhã. O movimento é uma resposta à proposta anterior da empresa, considerada insuficiente pelos trabalhadores.

Entre as principais reivindicações estão:

  • Reajuste salarial de 11%
  • Pagamento de um benefício de R$ 1 mil
  • Manutenção dos direitos previstos na convenção coletiva
Metalúrgicos da Embraer entram em greve por tempo indeterminado em São José
Foto: Reprodução/Sindmetal

O ponto mais sensível nas negociações, segundo o sindicato, é a estabilidade no emprego para trabalhadores lesionados. A categoria luta para garantir os mesmos termos da convenção anterior, assinada em 2017, que previa estabilidade até a aposentadoria. A proposta atual da Embraer, no entanto, limita a estabilidade a 21 meses em caso de doença ocupacional e 60 meses para acidentes de trabalho.

A nova proposta enviada à categoria, divulgada pela Fiesp — que representa o setor patronal nas negociações — inclui:

  • Reajuste salarial de 5,5%, percentual acima da inflação
  • Aumento de 12,5% no vale-alimentação, para colaboradores com salários de até R$ 11 mil

Em nota, a Embraer afirmou que respeita os direitos dos colaboradores e demonstrou surpresa com a paralisação. A empresa também criticou o que chamou de tentativa de cerceamento do “direito de ir e vir” na unidade Ozires Silva e ressaltou que as negociações seguem em andamento junto à Fiesp.

O sindicato, por sua vez, classifica a proposta patronal como um retrocesso e afirma que o movimento grevista pode continuar caso não haja avanço significativo.

A expectativa é de que a decisão tomada na assembleia desta tarde defina os próximos passos da mobilização.

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