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Tumulto e ofensas marcam depoimento do ‘Careca do INSS’ na CPI

Sessão desta quinta-feira (25) precisou ser suspensa

Antonio Carlos Camilo Antunes em depoimento à CPI do INSS | Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Antonio Carlos Camilo Antunes em depoimento à CPI do INSS | Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O depoimento de Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, gerou tumulto e bate-boca na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga fraudes em descontos de aposentadorias. A sessão desta quinta-feira (25) precisou ser suspensa após discussão.

Durante o depoimento, Antunes afirmou que jamais foi o “Careca do INSS” e disse ser inocente. Além disso, ele declarou que irá entregar todos os documentos necessários à Polícia Federal (PF) e que é o “maior interessado” em esclarecer as acusações das quais é alvo. Além disso, o depoente relatou que nunca tentou obstruir qualquer investigação e classificou sua prisão como desnecessária.

Ao concluir sua fala, Antunes disse que responderia todos os questionamentos dos parlamentares presentes, menos do deputado e relator Alfredo Gaspar (União-AL), que segundo ele, o chamou de ladrão nas reuniões anteriores.

Gaspar por sua vez começou sua fala chamando Antunes de ladrão.  “Estamos diante daquele que praticou o maior roubo contra aposentados ou pensionistas do Brasil”, disse o relator. Nesse momento, o advogado do depoente Cleber Lopes, protestou reiteradamente fora do microfone, enquanto Gaspar elevava o tom da fala. Nesse momento, Zé Trovão deixou sua cadeira, se aproximou da mesa principal e, com dedo em riste, mandou o advogado “baixar a bola”, o que intensificou a confusão.

O deputado Duarte Jr. (PSB-MA), que presidia a sessão temporariamente, precisou pedir ajuda aos seguranças do Senado. Antunes e seu advogado ameaçaram deixar a sessão, mas foram impedidos pelo presidente do colegiado, Carlos Viana (Podemos-MG), que voltou à reunião e afirmou que eles não poderiam fazer isso.

Apesar do tumulto, Gaspar insistiu em repetir as acusações. Além de chamar Antunes de “Senhor Careca do INSS” em tom pejorativo, disse que o advogado do depoente era remunerado “com dinheiro roubado do povo brasileiro”. O relator também afirmou que o investigado será encaminhado a um presídio onde terá de conviver com familiares de vítimas do esquema de fraudes e chegou a declarar que, se o Brasil tivesse pena de morte, Antunes seria “um forte candidato à execução”.

Investigação das fraudes no INSS

A investigação da Polícia Federal aponta Antonio Carlos Camilo Antunes como o “epicentro da corrupção ativa”. Segundo a corporação, o lobista está profundamente envolvido no “esquema de descontos ilegais de aposentadorias”. De acordo com o relatório, Antunes recebeu R$ 53,58 milhões de entidades associativas e de intermediárias.

Ainda segundo a PF, o pagamento ocorreu por meio de empresas de Antunes, que teria repassado R$ 9,32 milhões a servidores e companhias ligadas à cúpula do INSS.

Empresas do lobista teriam feito repasses de R$ 6,8 milhões para firmas de funcionários do INSS também investigados, segundo depoimento de Rubens Oliveira, apontado como um intermediário do esquema.

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