O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) visitou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar em Brasília, nesta segunda-feira (29). Após o encontro, ele confirmou candidatura à reeleição para o governo estadual em 2026 e disse que a redução de penas dos condenados pela trama golpista “não o satisfaria”.
Ao lado de dois filhos de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Jair Renan (PL), Tarcísio chegou ao condomínio do ex-presidente, localizado no bairro Jardim Botânico, por volta das 13h30. A visita foi solicitada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no último dia 15, mas foi autorizada somente na data de hoje devido a agenda de visitas de Bolsonaro.
Após o encontro, o governador afirmou que a visita ao ex-presidente ocorreu “sem nenhum interesse político” e que ele foi apenas “visitar um amigo”. Em relação a possibilidade de concorrer a presidência em 2026, Tarcísio negou a hipótese. “Sou candidato à reeleição, como eu tenho dito. Isso já está claro”, afirmou.
Quando questionado se o projeto de redução de penas de autoria do deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) o satisfaria, o governador respondeu que não.
“Não se trata de privilegiar ninguém ou de criar impunidade. Trata-se de buscar um caminho para a paz. Eu acredito que a sociedade merece esse caminho de pacificação”, relatou.
Vale lembrar que o projeto da anistia ampla aos condenados pela trama golpista do 8 de janeiro, que inclui Bolsonaro, já havia sido descartado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e pelo deputado Paulinho da Força, relator do projeto da dosimetria.
“[Anistia] ampla, geral e irrestrita é impossível. Essa discussão eu acho que já foi superada ontem, quando o Hugo [Motta, presidente da Câmara] teve uma reunião de mais de 3 horas com o pessoal do PL. Acho que nós vamos ter que fazer uma coisa pelo meio. Isso aqui talvez não agrade nem extrema direita, nem extrema esquerda, mas agrade a maioria da Câmara”, afirmou o relator na época.



