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Polícia encontra mais de 17 mil produtos falsificados em fábrica de bebidas

Operação do Deic em Americana (SP) fecha fábrica clandestina de uísque, gim e vodca; duas pessoas foram presas

Marcela Gomes
Marcela Gomes
Chefe de redação na Thathi Record Campinas e editora-chefe do Balanço Geral. Apaixonada por jornalismo, com especialização em Mídia e Tecnologia e pós graduação em Semiótica. Mãe do Nietzsche (o cão, não o filósofo) e do Luck, meu "Felix Felicis".
Polícia encontra mais de 17 mil produtos falsificados em fábrica de bebidas
Polícia encontra mais de 17 mil produtos falsificados em fábrica de bebidas

A Polícia Civil fechou, na manhã desta terça-feira, 30, uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas em Americana, no interior do estado. A ação, coordenada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), resultou na apreensão de cerca de 17,7 mil produtos prontos para venda e na prisão de duas pessoas por crime de pirataria.

Durante o cumprimento de três mandados de busca e apreensão, os policiais encontraram no imóvel, localizado no bairro Bosque dos Ipês, uma linha de montagem com rótulos falsificados de marcas conhecidas, garrafas vazias e bombonas com líquidos. No local eram produzidos uísque, gim e vodca. Parte do material continha álcool etílico de alta pureza, usado para adulterar bebidas.

Segundo o Deic, a fábrica já estava mapeada e a operação seria realizada apenas nas próximas semanas. No entanto, diante do aumento de registros de intoxicação por metanol no estado, a ação foi antecipada. Apesar disso, a perícia não encontrou evidências do uso da substância no local. Todo o material apreendido passará por análise técnica.

A investigação contou com o apoio da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) e de uma empresa de e-commerce que ajudou a rastrear a venda ilegal.

Casos de intoxicação por metanol

A operação ocorre em um momento de alerta em São Paulo, após a confirmação de casos graves de intoxicação por metanol em diferentes regiões. De acordo com o Centro de Vigilância Sanitária (CVS), até a noite de segunda-feira, 29, foram confirmados seis casos, além de outros dez em investigação.

Entre as vítimas estão jovens que consumiram gim em uma adega da zona sul da capital e relataram sintomas como vômitos, dores intensas e perda temporária ou definitiva da visão. Rafael dos Anjos Martins Silva, por exemplo, permanece internado em UTI há quase um mês. Já Rhadarani Domingos, que ficou cega após ingerir três caipirinhas de vodca em um bar no Jardim Paulista, deixou a UTI, mas segue hospitalizada.

O governo estadual também confirmou três mortes relacionadas à intoxicação por metanol. As vítimas são:

  • homem de 58 anos, morador de São Bernardo do Campo;
  • homem de 54 anos, morador da capital paulista;
  • homem de 45 anos, com local de residência em apuração.

Outro óbito está em investigação, envolvendo um homem com histórico de etilismo crônico. Um quinto caso suspeito foi descartado.

O que é o metanol

O metanol (CH₃OH) é um álcool altamente tóxico, inflamável e de difícil identificação. Diferente do etanol, usado nas bebidas tradicionais, o metanol tem aplicações industriais, como na fabricação de solventes, tintas, plásticos e no processo de produção de biodiesel. Seu consumo, mesmo em pequenas quantidades, pode causar cegueira, intoxicação grave e morte.

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