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“Eu sou uma pessoa ansiosa mesmo”. Até quando isso é normal e quando vira um problema?

Cláudia Oliveira
Cláudia Oliveira
Psicóloga com formação em Terapia Cognitiva Comportamental, especialista em adolescência, adultos e orientação profissional. Neuropsicóloga, pós-graduada em orientação parental e inteligência emocional, Pós-graduanda em Psicopatologia e em Psicologia baseada em evidências. @psiclaudiaoliveira @adolescenciasimples
claudia oliveira

Uma frase que eu escuto de segunda a sexta no meu consultório é esta: “eu sou muito ansiosa, mas hoje em dia quem não é, não é mesmo, Cláudia? E eu respondo rapidamente que isso não é uma verdade, mas está tendendo a ser, já que nos últimos anos, a palavra “ansiedade” entrou para o nosso vocabulário diário.

Mas será que precisamos, de fato, conviver com esse desconforto como se fosse inevitável ou algo que é normal? A resposta é não.

Eu e você sabemos que a ansiedade faz parte da vida humana, que ela é um recurso natural do corpo para nos manter alertas diante de desafios ou perigos. Antes de uma prova, uma entrevista de emprego ou um encontro importante, é normal sentir o coração acelerar, as mãos suarem e a mente ficar mais atenta. Esse tipo de ansiedade é bom porque nos prepara para reagir, dá aquela motivação para fazermos o que precisa ser feito.

O problema surge quando essa resposta deixa de ser passageira e começa a ser comum em nossa rotina, chamamos isso de um estado crônico. É quando os pensamentos ficam acelerados o tempo todo, o sono é prejudicado, surgem dores físicas sem explicação clara, o medo não passa ou aparece sem motivo, estamos sempre pensando em “e se acontecer tal coisa”, “e se, e se”. Nesse ponto, o que antes era um mecanismo de proteção se transforma em sofrimento.

Aceitar que “somos ansiosos e pronto” é um erro que empobrece e nos adoece. Não precisamos nos acostumar a viver em alerta constante, como se o mundo fosse uma ameaça a cada esquina. Entender os sinais e sintomas, quando a ansiedade começa a limitar, gerar sofrimento ou impedir que a vida siga de forma saudável é o primeiro passo. O segundo é buscar solucionar esta situação.

Com informação, acompanhamento psicológico e, em alguns casos, tratamento médico, é possível recuperar o equilíbrio. A ansiedade pode até estar presente em nossa vida, mas não deve ditar as regras. Cuidar da saúde mental não é luxo, é necessidade.

A vida não precisa ser vivida no compasso da aflição e da antecipação do futuro. Entender, reconhecer e tratar a ansiedade é escolher viver com mais leveza, presença e bem-estar. Então, da próxima vez que você falar que você é uma pessoa ansiosa, lembre-se que esta condição requer um carinho seu para com você mesmo, que é o de olhar para isso, não aceitar este diagnóstico e buscar ajuda.

Se você se permitir, poderá viver com mais qualidade de vida, com mais atenção ao momento presente e com menos ansiedade. Já pensou que delícia?

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