O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que a Polícia Técnico-Científica identificou a presença de metanol em bebidas de duas distribuidoras do estado. A declaração foi dada em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes nesta segunda-feira (6).
O chefe da pasta disse ainda que a investigação agora busca identificar se as bebidas dessas distribuidoras foram responsáveis pelas mortes por intoxicação por metanoç, sendo duas confirmadas e 13 em apuração no país.
Também durante a coletiva, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que a Polícia Civil, o Procon-SP e a Vigilância Sanitária estadual realizaram fiscalizações em 17 estabelecimentos, entre eles bares e distribuidoras. Na semana passada foi montada uma força-tarefa para investigar o aumento dos casos de intoxicação por metanol no estado.
O governador também afirmou que irá pedir autorização judicial para destruir as garrafas contaminadas e outros itens que foram apreendidos durante as operações, como lacres, tampas, rótulos e selos. “Se você não tem o problema da contaminação pelo mentanol, de qualquer forma você tem o problema da fraude”, justificou.
Mais cedo, Derrite afirmou que a principal linha de investigação indica que o metanol pode estar presente em etanol de baixa qualidade usado na fabricação de bebidas falsificadas. A hipótese de que a substância teria sido utilizada para lavar garrafas, não foi totalmente descartada, mas não segue mais como principal linha de investigação.
Casos de intoxicação por metanol
O Ministério da Saúde informou que, até o momento, o Brasil possui 225 casos registrados de intoxicação por metanol, sendo 16 confirmados e 209 em investigação. O estado de São Paulo concentra a maior parte das notificações, com 14 casos confirmados e 178 sob apuração.
Os casos foram registrados em 12 estados: Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná, Rondônia, São Paulo, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraíba e Ceará, além do Distrito Federal. Os casos suspeitos na Bahia e no Espírito Santo foram descartados, segundo o ministério.



