“É preciso que todos denunciem”. Isso é o que espera o presidente do RP Alligators, Tom Tormena, na apuração dos casos de pornografia infantil e pedofilia protagonizados pelo técnico da equipe. Ele informou ainda que a equipe está colaborando com as investigações. “Foi uma coisa nojenta, com a qual não compactuamos”*, disse.
A equipe, que trabalha com a formação de atletas de futebol americano, ficou sabendo das investigações pela Polícia Civil e se dispôs a ajudar. Segundo Tormena, a equipe pede desculpas. “Infelizmente, estamos arrasados. Nós confiávamos nele e também fomos surpreendidos. Ainda estamos tentando entender o que aconteceu”.
O técnico do time, um professor de educação física de 28 anos, foi preso ontem pela Polícia Civil depois de ser denunciado por dois pais de aluno. No celular dele, a polícia encontrou fotos sensuais de menores e também conversas nas quais ele oferece vagas na equipe em troca de nudes.
Apuração
Segundo a delegada Patrícia de Marine, que investiga o caso, informou que apura ainda uma denúncia de que ele teria segurado o rosto de um dos jovens e forçado um beijo. As crianças tinham idades entre 12 e 17.
“Havia fotos de crianças em poses sensuais, inclusive uma foto de um pênis infantil. Por isso, ele foi preso em flagrante e pedimos a prisão preventiva dele”, explica a delegada.
Psicologia
Tormena ressaltou ainda que haverá acompanhamento psicológico com todas as crianças que eram treinadas pelo professor. “Se for culpado, ele deve ser punido. Como time, a gente vai acompanhar de perto essa situação, encaminhar as crianças para atendimento psicológico”, disse.
A reportagem tentou contato com a defesa do acusado, mas não conseguiu falar com ninguém.
* Por um erro do redator, na versão original, constava a declaração do treinador de que ele acreditava que haveria coisas piores a ser divulgadas. A informação foi retificada.