Bruna Araújo de Souza, de 30 anos, é a terceira vítima fatal de intoxicação por metanol no estado de São Paulo. A morte da jovem foi confirmada nesta terça-feira (7) pela Prefeitura de São Bernardo do Campo, onde ela estava internada. Segundo a administração municipal, Bruna permanecia sob cuidados paliativos desde que apresentou sintomas após consumir vodca adulterada.
A administração municipal de São Bernardo informou também que até segunda-feira (6), a Vigilância Epidemiológica da cidade recebeu 78 notificações de casos suspeitos de contaminação por metanol, sendo que seis óbitos estão em investigação. Nas redes pública e privada do município, foram contabilizados 72 pacientes atendidos, dos quais 70 são moradores da cidade, incluindo casos de mortes suspeitas.
Número de casos no estado
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) informou que o estado contabiliza 15 casos confirmados, com dois óbitos de homens, com 54 e 46 anos de idade, ambos moradores da capital. No total, 164 caso seguem sob investigação, incluindo os de São Bernardo. Outros 47 casos já foram descartados.
Emergência médica
A intoxicação por metanol é uma emergência médica de extrema gravidade. A substância, quando ingerida, é metabolizada no organismo em produtos tóxicos (como formaldeído e ácido fórmico), que podem levar à morte.
Os principais sintomas da intoxicação são: visão turva ou perda de visão (podendo chegar à cegueira) e mal-estar generalizado (náuseas, vômitos, dores abdominais, sudorese).
Em caso de identificação dos sintomas, buscar imediatamente os serviços de emergência médica e contatar pelo menos uma das instituições a seguir:
- Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001;
- CIATox da sua cidade para orientação especializada (veja lista aqui);
- Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733 – de qualquer lugar do país.
É importante identificar e orientar possíveis contatos que tenham consumido a mesma bebida, recomendando que procurem imediatamente um serviço de saúde para avaliação e tratamento adequado. A demora no atendimento e na identificação da intoxicação aumenta a probabilidade do desfecho mais grave, com o óbito do paciente.



