Com uma importância ímpar para a música popular brasileira, a cantora, compositora e pianista paraense Leila Pinheiro completa 65 anos neste 16 de outubro. Por isso, a Novabrasil preparou uma matéria especial para homenagear a artista e sua obra.
Sobre Leila Pinheiro
Nascida em Belém, capital paraense, em 16 de outubro de 1960, Leila Pinheiro começou a estudar piano ainda criança, aos dez anos de idade.
Em 1980, ela abandonou – no segundo ano – o curso de medicina e em outubro, estreou o seu primeiro espetáculo como cantora profissional, “Sinal de Partida”, realizado no Theatro da Paz, em Belém.
Em 1981, mudou-se para o Rio de Janeiro onde gravou o seu primeiro LP, o independente “Leila Pinheiro”. O disco já contou com a participação de Tom Jobim, João Donato, Ivan Lins, Francis Hime, Jane Duboc e Toninho Horta.
Em 1984, excursionou com o conjunto Zimbo Trio, realizando uma série de espetáculos pelo exterior.
Mas o sucesso mesmo veio quando Leila Pinheiro ganhou o prêmio de cantora-revelação no Festival dos Festivais, na TV Globo, em 1985, ao interpretar a canção “Verde”, (de Eduardo Gudin e J. C. Costa Neto), classificada em terceiro lugar e tornando-se o seu primeiro sucesso radiofônico.
A convite do então diretor artístico Roberto Menescal – hoje seu grande amigo e parceiro – Leila assinou contrato com a gravadora Polygram e lançou o disco “Olho Nu”, em 1986, muito elogiado pela crítica especializada e um sucesso de vendas.
No ano seguinte, a cantora recebeu da Associação Brasileira de Produtores de Disco (ABPD) o Troféu Villa-Lobos, como revelação feminina.
Colecionando muitos prêmios, a partir daí prosseguiu com mais dois discos: “Alma” (1988) e, principalmente, “Bênção Bossa Nova” (1989). Este último foi lançado em comemoração aos trinta anos de Bossa Novano Brasil. Produzido por Roberto Menescal para o mercado japonês, o disco vendeu 200 mil cópias – marca jamais atingida por um disco desse gênero de música até então.
Em 1991, Leila Pinheiro lançou “Outras Caras”, seu quinto disco, também produzido por Roberto Menescal e lançado no Japão. Em 1992, seguiu em turnê com seu show “Leila: outras caras”, dirigido por Nélson Motta.
No ano seguinte, gravou “Coisas do Brasil”, com produção musical e arranjos deCésar Camargo Mariano, contemplado com o Disco de Ouro. Este trabalho foi para o palco com o título de “Leila Pinheiro Solo”, em que pela primeira vez a cantora se acompanhou ao piano durante toda a apresentação.
Desde então, Leila Pinheiro seguiu lançando discos de sucesso, somando ao todo 22 álbuns e três DVDs, alguns deles homenageando outros grandes nomes da música brasileira – comoAldir Blanc, Ivan Lins, Gonzaguinha, Renato RussoeCazuzae, em seu mais recente álbum, de 2024, João Donato, que nos deixou em julho de 2023, aos 88 anos.
Entre os principais sucessos em sua voz, além de “Verde“, que já citamos, estão as canções:
- Catavento e Girassol (Guinga e Aldir Blanc)
- Serra do Luar (Walter Franco)
- Besame (Flávio Venturini e Murilo Antunes)
- Coisas do Brasil (Guilherme Arantes e Nelson Motta)
- Olho Nu (Gilberto Gil)
- Hoje (parceria de Leila Pinheiro com Renato Russo)
- Tudo em Cima (Tunai e Sérgio Natureza)
- Feliz (Gonzaguinha)


