Maus hábitos podem provocar o desenvolvimento de psoríase

Além da predisposição genética, quadros de obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool, estresse, estão entre os fatores que podem gerar a doença

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Psoríase pode ser agravada - Foto: Redes Sociais

A psoríase é uma doença crônica e inflamatória de pele que atinge mais de cinco milhões de pessoas no Brasil. Mesmo com esses dados, boa parte da população desconhece informações básicas sobre a doença, por isso, é preciso ficar atento! De acordo com a dermatologista Silvia Helena Pavan Trovareli, médica do Grupo São Francisco, a doença também pode se manifestar em razão de questões genéticas, excesso de medicamentos e infecções.

“Os fatores ou causas da psoríase são predisposição genética, exposição a fatores ambientais ou comportamentais como obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool, variações climáticas, estresse psicológico, trauma local como coçadura (fenômeno de Koebner), e o consumo de alguns medicamentos”, diz Silvia.

A médica fala que a psoríase pode estar relacionada ainda a outras doenças, como a hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, diabetes mellitus, insuficiência coronariana, depressão e ansiedade, enxaqueca, esclerose múltipla, doença hepática gordurosa não alcoólica, hepatopatia crônica, asma, doença inflamatória intestinal e doença renal.

Outra informação importante é que as mudanças climáticas podem influenciar na exacerbação ou remissão da doença, com tendência a melhorar no verão e piorar no inverno. “Cerca de 90% dos pacientes tem sua forma vulgar caracterizada por pápulas e placas eritemato-descamativas, simétricas, predominante em superfícies extensores como joelhos e cotovelos. Outras áreas atingidas são couro cabeludo, região umbilical, palmas das mãos e plantas dos pés. Além disso, a coceira é presente em 80% dos casos e cerca de 44% dos pacientes com psoríase cutânea tem artrite psoriásica, que é uma doença inflamatória crônica sistêmica”, explica.

Desenvolvimento

Nos casos de desenvolvimento da psoríase, segundo a médica, o tipo de tratamento varia de acordo com a gravidade e as respostas terapêuticas por parte de cada paciente, quando são utilizados cremes, medicamentos por via oral ou injetáveis, fototerapia ou a combinação deles.

A dermatologista ressalta ainda que a doença pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas que os casos se concentram entre os 30 e 40 anos e entre os 50 e 70 anos. Por isso, é importante adotar bons hábitos de saúde e prevenção. “A doença não tem cura, mas tem tratamento. Se tivermos hábitos de vida saudáveis como praticar exercícios físicos, uma boa alimentação a fim de controlarmos a pressão arterial, diabetes mellitus e dislipidemias, cuidados em relação a depressão e ansiedade e mantermos sempre a pele hidratada, conseguimos aumentar a chance de prevenção da doença”.