O Ministério Público de São Paulo solicitou o arquivamento do inquérito que investigava uma possível tentativa de homicídio contra uma secretária de clínica em São José do Rio Preto (SP). A decisão foi tomada após a conclusão de que, apesar dos indícios de envenenamento, não foi possível identificar o autor do crime.
O caso ocorreu em janeiro deste ano, quando Ana Cecília de Lima Brussi, funcionária de uma clínica, ingeriu água de um copo que continha pequenas bolinhas pretas no fundo. Exames periciais confirmaram que o material encontrado era “chumbinho”, substância tóxica utilizada ilegalmente como raticida.
Após ingerir a água, a mulher passou mal e precisou ser levada para atendimento médico. Ela permaneceu em observação e, posteriormente, recebeu alta, mas ficou afastada do trabalho por quase um mês.
Durante as investigações, a Polícia Civil considerou diferentes hipóteses, incluindo um possível desentendimento entre a vítima e uma colega de trabalho. No entanto, a falta de câmeras de segurança e de testemunhas diretas dificultou a identificação do responsável.
No parecer encaminhado à Justiça, o promotor Gustavo Yamaguchi Miyazaki apontou que não há elementos suficientes para comprovar a autoria do crime, pedindo o arquivamento do inquérito.
A defesa da secretária informou que pretende recorrer da decisão, argumentando que o caso não deve ser encerrado enquanto restarem dúvidas sobre a tentativa de homicídio.
Desde o ocorrido, o proprietário da clínica instalou câmeras de vigilância no local para reforçar a segurança dos funcionários. A vítima, que segue em acompanhamento psicológico, afirma ainda lidar com o impacto emocional causado pelo episódio.



