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Operação no Rio de Janeiro é a mais letal da história do estado

Operação deixou ao menos 64 mortos

Operação no Rio de Janeiro | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Operação no Rio de Janeiro | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A operação desta terça-feira (28) no Rio de Janeiro é a mais letal da história do estado, com ao menos 64 pessoas mortas. A ação mobilizou cerca de 2,5 mil policiais civis e militares nos complexos do Alemão e da Penha, com o objetivo de capturar lideranças criminosas e conter a expansão do Comando Vermelho. Segundo o governo estadual, essa é a maior operação de segurança em 15 anos.

Antes desta operação, o massacre do Jacarezinho, em maio de 2021, era o episódio mais letal do Rio, com 28 mortos, incluindo um policial. Três das quatro ações mais violentas do estado ocorreram durante a gestão do governador Cláudio Castro (PL).

Segundo divulgado pelas autoridades, das 64 vítimas registradas nesta terça, ao menos 60 são suspeitas de envolvimento com o crime organizado. Além disso, dois policiais civis e dois militares também morreram. O número exato de mortos ainda está sendo contabilizado. Os complexos do Alemão e da Penha somam 26 comunidades.

Além dos mortos, há seis pessoas feridas, sendo que três não são considerados suspeitos pela polícia. Uma das vítimas é uma mulher que estava dentro de uma academia quando foi baleada.

Até a tarde desta terça, 81 pessoas foram presas, e 72 fuzis foram apreendidos. A Justiça expediu 69 mandados de prisão em 180 endereços. Segundo divulgado, um líder do Comando Vermelho responsável pela guerra do Chapadão está entre os presos.

Em reação à operação, o Comando Vermelho bloqueou ruas e roubou mais de 50 ônibus, paralisando parte da cidade.

O governador do Rio de Janeiro destacou que a operação é resultado de mais de um ano de investigação e 60 dias de planejamento, visando combater o narcotráfico. Segundo ele, criminosos tentaram desviar a atenção das forças de segurança bloqueando a Avenida Brasil e outras vias.

Ainda de acordo com o governo, integrantes da facção teriam utilizado drones para lançar bombas contra as equipes policiais e a população, no Complexo da Penha, com o objetivo de atrasar o avanço das forças de segurança.

Castro criticou o governo federal e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, conhecida como ADPF das Favelas, movida pelo PSB no Supremo Tribunal Federal (STF), que questiona a política de segurança do estado, marcada pela alta letalidade policial em comunidades. Para o governador, a decisão judicial limita operações nas favelas e contribui para a expansão do crime organizado. O governador afirmou ainda que teve três pedidos negados para que as Forças Armadas ajudassem em operações policiais no estado.

 O Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse que não recebeu nenhum pedido de Castro sobre a operação  desta terça-feira (28).

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) explicou que, devido à proximidade com vias expressas e ao caráter estratégico para o tráfico de drogas e armas, o complexo de favelas se tornou uma base central do Comando Vermelho, especialmente em Jacarepaguá. A Promotoria denunciou 67 pessoas por associação para o tráfico e três por tortura.

Participaram da operação agentes da Polícia Civil, incluindo a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), delegacias especializadas e distritais, além do Departamento de Combate à Lavagem de Dinheiro e Subsecretaria de Inteligência. Da Polícia Militar, participam o Comando de Operações Especiais (COE) e unidades da capital e da região metropolitana.

Drones, dois helicópteros, 32 veículos blindados terrestres e 12 veículos de demolição, além de ambulâncias, estão entre os equipamentos utilizados pelos policiais.

Moradores das comunidades alvos da operação relataram tiroteios e dificuldade para sair de casa desde o início da manhã. Pedestres caminhavam entre os tiros, enquanto motos eram proibidas e baús e mochilas revistados.

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