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Após repercussão de vídeo Prefeitura de Campo Limpo Paulista se pronuncia sobre caso envolvendo mulher em tratamento de câncer

Prefeitura esclarece questões apontadas por municípe em vídeo postado nas redes sociais

Foto: reprodução

Na última quinta-feira (23), repercutiu nas redes sociais um vídeo em que o prefeito de campo Limpo Paulista, Adeildo Nogueira, faz brincadeiras sobre uma munícipe em tratamento contra o câncer. No vídeo, ele se refere a uma mulher como “calvinha do esquema”, fazendo referência à calvície provocada pela quimioterapia.

Márcia Regina de Souza, de 52 anos, trata um câncer de mama há três anos e segundo a mesma, a situação se deu pelas constantes reclamações que a mulher faz sobre problemas relacionados à saúde na cidade, reforçando a falta de atendimento de saúde em Campo Limpo, o que a obrigaria a procurar ajuda para o tratamento em outras cidades. A mulher, ainda reforça que teria sido abandonada durante o tratamento da doença pela saúde pública.

Entretanto em nota, a prefeitura da cidade, reforça que a paciente não teria sido “abandonada” pelo sistema de saúde da cidade durante tratamento contra o câncer, como a mesma diz. De acordo com texto redigido, documentos, registros oficiais e informações do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, em Jundiaí, mostram divergências entre o relato e os fatos.

Segundo a unidade hospitalar, responsável pelo tratamento oncológico da paciente, o medicamento Anastrozol está disponível desde março de 2025 e pode ser retirado de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h, na farmácia do hospital. A medicação é dispensada a cada três meses, conforme protocolo padrão e que, conta em dados da Secretaria Municipal de Saúde, que a paciente foi regularmente encaminhada para avaliação oncológica em Jundiaí, cidade que concentra os atendimentos de câncer da região conforme determinação da Diretoria Regional de Saúde (DRS VII).

Os registros do sistema mostram que a paciente vem sendo atendida normalmente pela rede pública, tendo realizado mais de dez procedimentos entre consultas e exames nos últimos cinco meses. O fornecimento de medicamentos também ocorre dentro do protocolo do SUS, por meio das unidades de referência regionais.

Atualmente, Campo Limpo Paulista realiza o encaminhamento dos pacientes por meio do setor de Regulação, responsável por enviar as solicitações à Central de Vagas de Jundiaí. Após a aprovação, o tratamento é executado em unidades especializadas como o Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, o Hospital Regional e o Ambulatório Médico de Especialidades (AME), todos em Jundiaí.

Como funciona o atendimento oncológico na região

O atendimento oncológico na rede pública segue protocolos regionais definidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Nesses casos, cabe ao município de origem garantir o encaminhamento e o suporte ao paciente, enquanto o tratamento clínico é conduzido pela cidade de referência — neste caso, Jundiaí. O medicamento citado não foi solicitado à Prefeitura de Campo Limpo

A apuração também confirmou que o medicamento Anastrozol não é distribuído pela rede municipal de Campo Limpo Paulista, uma vez que o tratamento ocorre fora do município.

Segundo as normas do SUS, o fornecimento do Anastrozol é de responsabilidade da unidade onde o tratamento é realizado. Documentos consultados pelo TH+ mostram que não há registro de solicitação formal do medicamento junto ao setor de Alto Custo da Prefeitura, nem processo judicial aberto sobre o caso.

Além disso, o Anastrozol não integra a lista de medicamentos padronizados pela Secretaria Estadual de Saúde, o que confirma que a dispensação deve ser feita diretamente pela unidade que acompanha o tratamento.

Registros confirmam inconsistência no relato divulgado nas redes sociais

Outro ponto que chama atenção é o registro de atendimento no gabinete do prefeito. Segundo a administração, a paciente não procurou o chefe do Executivo para tratar de assuntos de saúde, mas acompanhava outra moradora em uma demanda sobre ocupação de área pública, identificando-se como assessora de um vereador.

Os documentos oficiais confirmam esse registro e indicam que não há menção a solicitações médicas ou pedidos de medicamento no atendimento presencial.

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