Alô, Rennata Bianco, tudo bem?
Saudade de trocar umas ideias contigo.
Primeiro, parabéns pela recondução ao cargo de coordenadora de Comunicação Social do prefeito Duarte Nogueira (PSDB). Soube inclusive que você tirou umas merecidas férias para poder ajudá-lo nessa empreitada. Feliz que as coisas tenham corrido bem pra ti. Mando, inclusive, um super beijo de nossa amiga em comum, Juliana Malaguti, que também torce por ti e deseja tudo de melhor. Outra fofa!
Queria me colocar à disposição para ajudar no que for preciso.
A crise está pegando, menina, há falta de jornalistas em várias empresas, imagino que seja o mesmo ai na Prefa. Afinal de contas, o trabalho é tão intenso que nem deve sobrar tempo para responder aos questionamentos dos colegas desse lado do balcão, né? E olha que vocês têm uma puta equipe boa, gente como Gutão, o Helinho, a Mércia, a Gabriela, o Thiago e mais uns sete ou oito profissionais bons pra caramba…
Eu entendo a situação. Veja bem, fiz três perguntas super simples, em 3 de dezembro, mas até hoje, 16 de dezembro, não obtive resposta. Cobrei três dias por e-mail, outros quatro dias pelo whatsapp. Não você diretamente, claro, mas a sua equipe. Afinal, você certamente tem coisa mais relevante pra fazer.
Mas entendo, é difícil levantar uma informação em menos de 15 dias. O jornalismo é diário, mas a vontade da administração em prestar esclarecimentos nem sempre o é. Será que semana que vem rola?
Não sei se você sabe, mas o questionamento era sobre a Nota Control, aquela empresa que responde há mais de uma dezenas de processos em vários estados por participar de picaretagens em licitações. Isso mesmo, aquele que um dos donos foi preso há alguns anos e que a prefeitura contratou para cuidar do sistema.
Isso, você sabe, aquele sistema que não funciona direito e que está sendo pago por quem tem a brilhante ideia de emitir notas fiscais em Ribeirão Preto. Aqui, veja você, o empresário paga para pagar impostos.
Bobo de quem deixa a empresa aqui, né? Quem é esperto já transferiu a empresa para Cravinhos, onde ninguém precisa pagar esse tipo de taxa. Sim, isso mesmo, a empresa Nota Control cobra até dos Microempreendedores Individuais, aquela galera que paga R$ 60 de imposto por mês para legalizar sua atividade.
Que coisa, não?
Rennata, minha amiga, não sei se você lembra, mas o secretário da Fazenda – o Manoel Gonçalves, que está de malas prontas pra ir pra Rio Preto, disse, há uns seis meses, que a Coderp ia fazer um sistema gratuito para esse tipo de gente, que geralmente vende o almoço para comprar a janta. Lembra disso?
Sim, essas pessoas, que pagam R$ 60 por mês para manter a empresinha funcionando e agora vão ter que pagar mais.
Desculpe o incomodo em continuar perguntando – já perdi a conta das vezes que cobrei vocês – mas é que a informação não veio.
Também entendo que você voltou de merecidas férias, nas quais atuou, por sinal, na campanha do prefeito à reeleição. Não dá pra voltar e cuidar de tudo assim, tão rápido, né? É preciso retomar o jeito.
Esse caso me deu até uma saudadezinha da Dárcy Vera, sabe. Ela mandava ninguém responder aos meus questionamentos. Mas pelo menos teve a dignidade de dizer isso abertamente, na minha cara. Não aguento mais cobrar respostas e dizer que o setor responsável simplesmente não tem a informação.
Aliás, queria te pedir uma ajuda.
O que digo para meus leitores aqui do Portal do Grupo Thathi? Que a Prefeitura não sabe se conseguiu, ou não, desenvolver o sistema gratuito? E que, enquanto isso, quem precisa emitir nota deve continuar pagando mesmo?
Acho que vou fazer mais fácil.
Pra não dar mais trabalho a vocês, acho que o melhor é sugerir que as empresas mudem para Cravinhos. Lá não precisa pagar nada e, se você liga no celular do prefeito, ele atende e esclarece as coisas.
Um grande beijo
Schiavoni
PS: A matéria vai sair sem o outro lado mesmo, viu? Se por acaso vocês conseguirem descobrir a informação que perguntei, é só me avisar.
PS2: Por via das dúvidas, enviarei esses questionamentos ao Ministério Público. Quem sabe vocês sejam mais ágeis em informar o que o MP pedir. Se é que irá pedir, né.