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Diabetes é a maior causa de doença renal crônica: veja como proteger seus rins

Se você tem diabetes, é hora de redobrar a atenção com a saúde dos rins. O diabetes é a principal causa de doença renal crônica (DRC) no mundo, sendo responsável por cerca de 32% dos casos de pacientes em diálise no Brasil. Em algumas regiões, esse número pode ser ainda maior. Segundo a nefrologista Dra. Carlucci Ventura, “estima-se que 4 em cada 10 pessoas com diabetes desenvolvam algum grau de DRC”.

A chamada nefropatia diabética pode aparecer tanto em pessoas com diabetes tipo 1 quanto do tipo 2. O motivo, explica a médica, é que “com o tempo, a glicemia mal controlada danifica os vasos sanguíneos dos rins, responsáveis pela filtragem do sangue”. Além disso, a pressão alta, muito frequente entre quem tem diabetes, acelera esse processo de lesão renal.

Um dos grandes desafios é que o problema costuma evoluir de maneira lenta e silenciosa. “Na maioria dos casos, não há sintomas nas fases iniciais, e muitos só descobrem a doença quando ela já está avançada – em um estágio em que a diálise pode ser inevitável”, alerta a médica. Por isso, a detecção precoce depende de exames periódicos de sangue e urina.

De acordo com Dra. Carlucci, o diagnóstico se apoia principalmente na presença de proteínas (albuminúria) na urina e na avaliação da taxa de filtração glomerular estimada (TFGe). Porém, ela alerta que “a queda da TFGe pode ocorrer mesmo sem albuminúria, o que reforça a importância do acompanhamento regular”. Ou seja, somente com avaliação periódica é possível identificar a doença nos estágios iniciais – quando é mais fácil impedir sua progressão.

Foto: Divulgação.

A boa notícia é que, com alguns cuidados, é possível prevenir ou pelo menos retardar o avanço da doença renal em pessoas com diabetes. Veja as principais recomendações da especialista:

  • · Controle rigoroso da glicemia: Manter a hemoglobina glicada (HbA1c) abaixo de 7% pode fazer diferença, com ajuste individual das metas. Além de metformina e insulina, medicamentos como os inibidores de SGLT2, a exemplo da empagliflozina e dapagliflozina, protegem rins e coração.
  • · Controle da pressão arterial: Em pacientes com perda de proteína na urina ou função renal reduzida, dar preferência a medicamentos que bloqueiam o sistema renina-angiotensina, como losartana ou enalapril.
  • · Novas terapias: “A finerenona, um antagonista não esteroidal do receptor mineralocorticoide, demonstrou reduzir a perda de proteínas na urina e retardar a progressão da disfunção renal”, explica a médica.
  • · Hábitos de vida saudáveis: Dieta com pouco sal, moderação no consumo de proteínas, exercícios regulares, abandonar o cigarro e controlar colesterol e peso são aliados importantes.

Para quem tem diabetes, a recomendação é clara: mesmo sem sintomas, avalie a função dos rins pelo menos uma vez por ano. “A detecção precoce e o controle adequado dos fatores de risco são as melhores estratégias para evitar complicações graves e garantir qualidade de vida”, aconselha Dra. Carlucci Ventura.

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