Estamos às vésperas da COP30 e esse ano, a Conferência da ONU sobre mudanças climáticas será realizada em Belém, no Pará. Então nada mais apropriado do que trazermos para essa coluna um livro sobre FLORESTA.
À primeira vista, “Floresta”, livro do poeta Mauricio Vieira, ilustrado por Jonathas Martins pode parecer um cenário mágico de histórias que escutamos quando pequenos. Outras vezes, pode parecer um lugar denso, cheio de sombras e perguntas. Mas o que o livro nos apresenta é um pouco de tudo isso: abrigo, passagem, espelho e caminho.
O autor convida leitores de todas as idades a atravessar um território simbólico, onde emoções grandes aparecem de forma delicada. É um poema que conversa com crianças — e também com os adultos que elas carregam pela mão — sobre sentimentos difíceis, mudanças, e a beleza de crescer enquanto seguimos caminhando.
Mauricio escreve com ternura, como quem guia sem apressar: ele nos mostra que, às vezes, a vida pede coragem para olhar o que assusta e, ainda assim, continuar andando. Como ele mesmo diz, é um livro “para crianças de 9 a 99 anos”: porque crescer não é sobre idade, é sobre descobertas.
As ilustrações de Jonathas ampliam esse percurso: cores que se transformam, cenários que se abrem, espaços em branco que pedem respiração e imaginação. São páginas que deixam o leitor entrar, se perder um pouco, e só depois encontrar o caminho de volta — transformado.
“Floresta” não é um livro para decifrar: é um livro para sentir. Para ler devagar. Para reler. Porque, no fim, a Floresta sempre oferece algo a quem passa por ela: um pensamento novo, uma pergunta bonita, uma coragem que antes estava quieta.
Seja qual for o caminho que você escolher, uma coisa é certa: você não sai da Floresta do mesmo jeito que entrou, seja ela literária ou real.
