Há 10 anos, Luciana Cury Cabral, então com 33 anos, enfrentou o maior desafio de sua vida: o diagnóstico de câncer de tireoide. O susto veio de forma inesperada e a ficha só caiu algum tempo depois, quando começou a entender a gravidade da situação.
O tratamento não foi fácil, mas a detecção precoce possibilitou uma recuperação mais rápida. Hoje, Luciana mantém acompanhamento médico a cada quatro meses para controle hormonal e carrega apenas a marca da cirurgia no pescoço como lembrança da batalha vencida.
O caso de Luciana chama atenção em meio a um cenário preocupante. Pesquisas internacionais indicam que, nos últimos 29 anos, os casos de câncer de início precoce em pessoas com menos de 50 anos aumentaram 79% no mundo, e a mortalidade subiu 28%. A geração dos millennials, nascidos entre 1981 e 1995, se tornou a primeira a apresentar maior risco de desenvolver a doença ainda jovem.
Especialistas apontam que o aumento está diretamente relacionado ao consumo de alimentos ultraprocessados, ao sedentarismo e ao estilo de vida adotado por essa geração. A oncologista Fernanda Navarro alerta que esses fatores tornam os millennials cada vez mais vulneráveis a problemas de saúde graves.



