Entre ruas movimentadas, sacolas e vitrines, o bairro do Pari chega aos 449 anos mantendo uma identidade rara em São Paulo: evoluiu, cresceu, modernizou-se… mas não perdeu suas raízes. Fundado por árabes e portugueses, o bairro se desenvolveu como ponto de comércio e convivência. Hoje, continua sendo referência para quem busca variedade, preço e tradição.
Na esquina das avenidas Valtier e João Teodoro, o ritmo das compras mistura-se à fé. A poucos metros dali está a Igreja Santo Antônio do Pari, símbolo histórico e cultural do bairro. “O bairro evoluiu sem perder suas características. Temos festas, tradição e um polo comercial que só cresce”, contou Ademir Moraes, presidente da Associação Paulista dos Empreendedores do Circuito das Compras (APECC), em entrevista ao Jornal NovaBrasil.
Vitrines, atacado e novas tendências
Vestuário é o carro-chefe: roupas femininas, masculinas e infantis movimentam as principais ruas comerciais do Pari, mas o mix cresceu. “Agora também estamos partindo para artigos de couro e acessórios eletrônicos”, explica Ademir.
Ao todo, 11 grandes ruas compõem o circuito de lojas e galerias, atraindo compradores do Brasil inteiro, seja para revenda ou para aproveitar preços mais acessíveis.
Com o Natal se aproximando, o ritmo aumenta. “Já estamos preparados para receber o público. O Pari se modernizou”, afirma o presidente da associação.
Segurança e organização garantem a experiência
Além da oferta de produtos, o bairro tem investido em segurança e revitalização. A associação atua em parceria com a Polícia Militar e com a GCM, aumentando a presença de agentes na região, mas também auxilia na contratação de seguranças privados.
Um exemplo é o Shopping Tupan, que conta com 42 seguranças por período, e, segundo sua administração, não registrou nenhum furto até o momento neste ano. “Estamos requalificando o bairro. O Pari faz parte do circuito das compras junto com Brás, Liberdade e 25 de Março”, diz Ademir.
Onde tradição e comércio se encontram
O Pari é o bairro onde compras, história e cultura dividem a mesma calçada. Um lugar em que a fé encontra o comércio, e o comércio movimenta histórias de quem chega de longe para preencher malas e sonhos… não mais de bonde, mas um dia também foi assim. No entanto, essa é uma parte da história que vai ficar para outra hora.



