Washington Elias Relíquias de Souza Sarmento, 31 anos, e Kathlen da Silva Ferreira, 26, acusados de matar dois amigos e ocultar os corpos em Birigui (SP), vão a júri popular nesta quinta-feira (13), às 9h, no Fórum local. As vítimas, Jimmy Pereira da Silva que na época tinha 21 anos, e Caroline Batista Froes, 22, foram mortas com extrema violência após uma noite de consumo de álcool e drogas.
De acordo com a denúncia oferecida pelo promotor Rodrigo Mazzilli Marcondes, os crimes ocorreram na madrugada do dia 22 de novembro de 2023, em um imóvel de fundos localizado à Rua Severo Xavier Soares, bairro Parque das Nações.
Washington e Kathlen mantinham um relacionamento desde março de 2023 e moravam em uma edícula nos fundos da casa do pai da acusada. O casal frequentava uma loja de conveniência, onde conheceu as vítimas.
Na noite anterior ao crime, os quatro se encontraram em uma lanchonete e, posteriormente, na conveniência, onde ingeriram bebidas alcoólicas e compraram pinos de cocaína. Em seguida, seguiram para a casa dos denunciados, onde continuaram o consumo de drogas e mantiveram relações sexuais em grupo.
Golpes de faca
Durante a madrugada, sob efeito de cocaína e álcool, Washington atacou Jimmy, desferindo 13 golpes de faca, sendo 12 no tórax e abdômen e um no pescoço, o que causou choque hemorrágico.
Na sequência, Caroline também foi atacada, recebendo dois golpes de faca no pescoço, além de uma lesão no olho direito, morrendo por anemia aguda externa.
As investigações apontaram que Kathlen presenciou e colaborou com o crime, auxiliando o companheiro e impedindo que as vítimas reagissem.
Ocultação
Após os homicídios, o casal enrolou os corpos em lençóis, amarrou toalhas nos pescoços, limpou o imóvel e escondeu os cadáveres em um dos quartos, cobrindo-os com um colchão.
As roupas e documentos das vítimas foram colocados em sacos de lixo, e o casal fugiu da cidade. Os corpos foram encontrados apenas no dia 23 de novembro, um dia depois do crime.
Meio cruel
O Ministério Público destacou que o crime foi cometido com emprego de meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas, já que ambas foram atacadas quando estavam despidas e sob efeito de drogas, sem possibilidade de reação.
Os réus foram denunciados pelos crimes previstos nos artigos 121, §2º, incisos III e IV (homicídio qualificado) e artigo 211 (ocultação de cadáver), todos combinados com o artigo 29 (concurso de agentes) e artigo 69 (concurso material) do Código Penal Brasileiro.



