Amanda Baptista, mãe de um aluno da Escola Ayrton Senna, em Santos, denunciou nas redes sociais que seu filho foi agredido por alunos e, segundo ela, a unidade não prestou socorro e foi omissa. O caso aconteceu na terça-feira (11), por volta das 13h40, quando ela foi chamada pela diretora para comparecer até o local.
“Como eu estava no trabalho, minha mãe foi na minha frente. Quando cheguei, a diretora já estava indo embora mesmo com todo o acontecimento, e minha mãe estava lá dentro saindo com meu filho. Foi então que o vi machucado e soube do que aconteceu”, relatou a mãe.
A criança, segundo Amanda, levou um tapa no rosto de um aluno e revidou com um soco. A mãe afirmou que o garoto já está cansado de ser xingado e ameaçado dentro e fora da escola. Após a criança ter revidado, outros alunos a agrediram.
“Ainda não sabemos quem são, pois a escola não disponibiliza as câmeras. Já estamos tomando as providências necessárias para obter as imagens e identificar os agressores”, afirmou Amanda.
Um boletim de ocorrência foi registrado sobre o caso. O menino está com diversos hematomas no corpo, além de machucados pela boca que foram evidenciados pelo uso do aparelho.
A avó da criança chamou a polícia e a Guarda Municipal, que foram muito atenciosos e explicaram o procedimento para obter as imagens.
“A coordenadora da escola não gostou da presença dos avós, nos expulsou alegando que estava se sentindo agredida pela avó do meu filho, que afirmou que tomaria providências e expor a escola […] O problema é que a escola parece nunca saber de nada, nunca fala nada e sempre está certa, enquanto os alunos sempre são os errados das histórias”, afirmou Amanda.
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Educação de Santos (Seduc) informou em nota que funcionários da escola presenciaram um episódio de conflito entre dois alunos, durante o horário da entrada. “A intervenção foi imediata, garantindo a segurança de todos e encaminhando os alunos envolvidos para espaços adequados, a fim de acolhê-los e compreender melhor a situação”, afirmou.
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A Seduc ainda explicou que as famílias envolvidas foram contatadas pela escola, e uma delas compareceu, sendo acolhida pela coordenadora pedagógica e pela psicóloga educacional para diálogo e orientação. “Diante do ocorrido, a direção também considerou necessário acionar a Guarda Municipal, que realizou o registro do fato, conforme os protocolos”.
A escola reafirmou seu compromisso com a promoção de uma cultura de paz, do respeito mútuo e da escuta ativa entre os alunos. Segundo a Seduc, “serão planejadas ações baseadas nos princípios da Justiça Restaurativa, que buscam o diálogo, a corresponsabilidade e a reconstrução das relações, contribuindo para a prevenção e o enfrentamento de situações de violência e bullying no ambiente escolar”.
A pasta finaliza a nota ressaltando que está implementando, por meio da Justiça Restaurativa, o Projeto Semeadores da Paz, Vozes da Paz, com a participação dos alunos do Grêmio estudantil, do Santos Jovem Doutor e de Alunos Ouvidores.



