A notícia recente de que o jogador Oscar, do São Paulo, passou por investigação cardiológica após um episódio de desmaio trouxe novamente o tema à discussão.
Toda vez que alguém desmaia, o susto é grande tanto para quem passa pela situação quanto para quem presencia. Mas entender suas causas ajuda a diferenciar o que é simples do que precisa de atenção imediata.

Oscar. Foto: Divulgação/São Paulo Futebol Clube.
Afinal, o que é síncope?
Síncope é uma perda rápida e transitória da consciência, causada por uma queda momentânea do fluxo de sangue para o cérebro. É relativamente comum — cerca de 30% das pessoas vão desmaiar pelo menos uma vez na vida.
Assim como a febre, o desmaio não é uma doença, mas um sinal de que algo saiu do equilíbrio no organismo. Pode ter causas simples e benignas, como a síncope vasovagal, mas também pode ser o primeiro alerta para condições mais sérias, incluindo arritmias cardíacas, estenose aórtica, infarto ou até embolia pulmonar. Por isso, todo episódio de desmaio merece avaliação.
A síncope vasovagal: a causa mais frequente
A síncope vasovagal acontece quando o organismo reage de forma exagerada a estímulos como:
• jejum
• calor ou ambientes abafados
• estresse emocional
• ficar muito tempo em pé
• ver sangue
Antes do desmaio, o corpo costuma “avisar”:
• visão escura
• suor frio
• tontura
• mal-estar
Apesar de gerar preocupação, costuma ter caráter benigno e não está ligada a doenças estruturais do coração.
Quando o desmaio acende um sinal de alerta?
Alguns cenários indicam maior risco e exigem investigação imediata:
• desmaio sem aviso prévio (“desliga-liga”)
• episódio durante esforço físico
• dor no peito, palpitações ou falta de ar
• histórico de doença cardíaca
• idosos
• pacientes com diabetes, hipertensão ou múltiplas comorbidades
Nesses casos, causas cardíacas — especialmente arritmias — podem estar envolvidas.
O que fazer se alguém desmaiar e estiver respirando?
• Deite a pessoa no chão
• Eleve as pernas
• Vire o rosto de lado
• Afrouxe roupas apertadas
Importante:
Não adianta abanar, jogar água no rosto, nem colocar sal debaixo da língua essas práticas são muito comuns, mas não ajudam a pessoa a recuperar a consciência e podem até atrasar o socorro adequado.
E se a pessoa não estiver respirando?
• Chame pelo nome e toque no ombro
• Acione imediatamente o 192
• Peça um desfibrilador externo automático (DEA)
• Inicie a massagem cardíaca até a chegada do socorro
Avaliação médica é essencial
O desmaio pode ter várias causas, desde as benignas até condições cardíacas importantes. A investigação com cardiologista é fundamental para identificar a origem e evitar riscos maiores.
O alerta trazido pelas notícias recentes reforça a importância de não ignorar nenhum episódio de síncope, entender o que houve é o primeiro passo para prevenir novos eventos.



