Cinco homens foram condenados a penas que, somadas, ultrapassam 185 anos de prisão em regime fechado, em uma sentença proferida nesta sexta-feira (28), em Votuporanga (SP). A condenação é resultado do trabalho dos promotores de Justiça Eduardo Boiati e Jean Carlos Ferres da Silva, que atuaram em um caso de homicídio motivado por disputas por pontos de venda de drogas.
O crime, ocorrido em 26 de agosto de 2022, vitimou um jovem de 21 anos que teria ligação com um grupo criminoso rival dos réus. Segundo a denúncia do Ministério Público, o grupo planejou e executou o assassinato de forma premeditada.
De acordo com o processo, a vítima foi atraída de forma dissimulada para uma festa em uma área de lazer. Durante a madrugada, foi levada em seu próprio veículo para um local isolado, onde foi executada com disparos de arma de fogo. Na tentativa de apagar os vestígios do crime, os autores incendiaram o carro da vítima em um canavial e esconderam o corpo em uma área de mata. O cadáver só foi localizado semanas depois, já em avançado estado de decomposição.
Investigação e provas
A investigação reuniu um conjunto robusto de provas que foram cruciais para a condenação. Registros de câmeras de segurança, laudos periciais e a constatação de que os acusados trocaram de roupa após o crime foram elementos que reforçaram a tese de premeditação. Além disso, a fuga dos réus após o homicídio, que incluiu o aluguel de uma chácara onde parte do grupo foi posteriormente capturada, também foi documentada nos autos.
O Tribunal do Júri acatou todas as qualificadoras apresentadas pela promotoria, incluindo motivo fútil, uso de dissimulação e emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima. Os réus também foram condenados pelos crimes de ocultação de cadáver e incêndio.



