A Polícia Civil de Fernandópolis (SP), em uma ação conjunta com a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) do Distrito Federal, deflagrou na manhã desta quarta-feira (3) a Operação Código Fantasma, desarticulando uma associação criminosa especializada em fraudar o sistema do órgão de trânsito para realizar emplacamentos irregulares. A fraude, que contava com a participação de dois estudantes de medicina, gerou um prejuízo estimado em R$ 1 milhão aos cofres públicos.
Após mais de um ano de investigações, a operação cumpriu três mandados de busca e apreensão domiciliar em Fernandópolis. Segundo as autoridades, o grupo criminoso inseria dados falsos no sistema do Detran para viabilizar o emplacamento de veículos de forma irregular, evitando o recolhimento de taxas e do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
Os criminosos conseguiam burlar mecanismos automáticos de segurança, registrando veículos sem o pagamento de taxas e sem a realização das vistorias obrigatórias.
Durante a ação, foram apreendidos seis veículos de luxo – cinco automóveis e uma motocicleta – além de diversos aparelhos eletrônicos que serão periciados para aprofundar as investigações. Os veículos foram recolhidos e serão transportados para o Distrito Federal, onde ficarão à disposição da Justiça para um eventual ressarcimento ao erário.
Os investigados foram conduzidos à Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Fernandópolis, onde foram ouvidos pela autoridade policial do Distrito Federal e, em seguida, liberados. Eles responderão pelos crimes de invasão de dispositivo informático, associação criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem chegar a 17 anos de prisão.



