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Josival Pereira
Josival Pereira
Josival Pereira, natural de Cajazeiras (PB), é jornalista, advogado e editor-responsável por seu blog pessoal. Em sua jornada profissional, com mais de 40 anos de experiência na comunicação, atuou em várias emissoras Paraibanas, como diretor, apresentador, radialista e comentarista político. Para além da imprensa, é membro da Academia Cajazeirense de Letras e Artes (Acal), e foi também Secretário de Comunicação de João Pessoa (2016/2020), Chefe de Gabinete e Secretário de Planejamento da Prefeitura de Cajazeiras (1993/1996).

As pesquisas e o intenso movimento dos candidatos

A nova pesquisa do Real Time Big Data mostra estabilidade no cenário eleitoral, sem ganhos significativos para nenhum pré-candidato na Paraíba

A nova pesquisa do Real Time Big Data mostra estabilidade no cenário eleitoral, sem ganhos significativos para nenhum pré-candidato na Paraíba

Um dos fatos marcantes do fim de ano político será, certamente, essa pesquisa de intenção de voto realizada pelo instituto Real Time Big Data e publicada na CNN. Deverá se constituir no principal instrumento de avaliações do público externo, uma bússola primária para possíveis definições, mas menos para os partidos que têm suas próprias pesquisas para consumo interno. De qualquer maneira, vale para discussões gerais.

Os números já estão amplamente divulgados na mídia de Paraíba. No cenário 1, Cícero Lucena aparece com 31%, Lucas Ribeiro (PP) com 16%, Efraim Filho (União) e Pedro Cunha Lima (PSD) com 13% cada um. Brancos e nulos somam 10% e não sabe ou não respondeu chegam aos 17%. No cenário 2, o levantamento sem o nome de Pedro Cunha Lima, Cícero sobe para 35%, Lucas para 20%, Efraim 18%, brancos nulos são 12% e não sabe ou não respondeu baixa para 15%.

Que avaliações podem ser feitas dessa nova pesquisa?

Comparada à pesquisa anterior do próprio instituto Real Time não houve mudança. Apenas variações dentro da margem de erro. Em setembro, Cícero aparecia com 34%, Lucas Ribeiro com 17% e Efraim com 15%. No segundo cenário, com mais nomes na lista, Cícero tinha 29%, Lucas 13%, Efraim 12%, Pedro Cunha Lima 10%, Estela Bezerra 6% e Adriano Galdino com 5%.

Vai parecer estranho, mas não dá para deixar de observar que os esforços e todo intensa movimentação mais recente dos pré-candidatos não renderam ou ainda não resultaram em ganhos eleitorais mais visíveis. Não houve mudanças substanciais com a filiação de Cícero ao MDB e a aproximação com o grupo Cunha Lima, assim como ainda não existe incorporação de ganhos a Lucas com a retirada da candidatura do deputado Adriano Galdino.

Efraim ficou rigorosamente no mesmo patamar.

Essa é a leitura comparando-se apenas as duas pesquisas Real Time, que deixa a impressão de revelar pouco sobre a disputa eleitoral na Paraíba, sempre tão intensa em fatos e movimentos.

Que outro parâmetro de avaliação poderia ser utilizado para uma melhor percepção do quadro de disputa? Talvez as muitas pesquisas de institutos locais divulgadas ao longo do ano, em que pesem os questionamentos que às vezes recaem sobre as mesmas. Existem grandes novidades? Pior é que também não. Nos últimos seis meses, os números e distâncias entre os pré-candidatos não são lá muito diferentes.

A visualização de algumas mudanças somente talvez seja possível se o olhar se voltar lá para o início do ano, quando o senador Efraim Morais e o vice-governador Lucas Ribeiro ainda não pontuavam com dois dígitos. Efraim saiu de 4 ou 5 pontos percentuais para 13 e Lucas Ribeiro de 9 pontos para algo em torno de 18 pontos. Em todas as circunstâncias, o prefeito Cícero Lucena se manteve na casa dos 30 pontos percentuais, com uma ou outra variação o colocando entre 33 e 35 pontos.

Sobre cada uma das três candidaturas sobreviventes é de se observar o seguinte: o senador Efraim Morais mudou de patamar quando aderiu ao bolsonarismo e recebeu o apoio explícito da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, no final de julho; o vice-governador Lucas Ribeiro se esforça no trabalho de visitas aos municípios, mas só dobrou de tamanho nas pesquisas imediatamente a partir do afastamento do prefeito Cícero Lucena da base do governo na primeira semana de setembro e a candidatura de Cícero dentro da base impedia sua ascensão, e os números de Cícero o colocam em boa vantagem na disputa, mas talvez sugiram uma certa estagnação renitente ou teto um tento baixo.

A avaliação dessa fase preliminar (2025) de campanha apenas pela leitura das pesquisas vai revelar, na verdade, que os intensos esforços de atividades quase diária de cunho eleitoral, com extensas agendas de fim de semana, ainda não empolgam o eleitor nem fornecem dados seguros para prognósticos. Dizer que não tem dado resultado seria exagero, porém, se algo ficou no terreno foi a semente semeada. Se vai dar frutos (votos), somente o tempo dirá.

Curioso

A elevação dos índices de Cícero Lucena (4 p.p. – pontos percentuais), Lucas Ribeiro (4 p.p.) e Efraim Filho (5 p.p.) no cenário 2 da pesquisa Real Time coincide exatamente com os 13% de Pedro Cunha Lina no cenário 1. O eleitorado de Pedro pode estar se dividindo quase por igual entre os candidatos restantes.

Queiroga no páreo

Aparecendo com 14% na pesquisa Real Time Big Data, o ex-ministro Marcelo Queiroga entra no páreo na disputa por vaga no Senado. Basta a direita bolsonarista concentrar voto nele. Os candidatos progressistas são João Azevedo com 30% e Veneziano com 22%. Nabor Wanderley com 9%, se assumir uma postura mais à direita ou de centro-direita, poderá virar contraponto.

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