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O que pequenos negócios podem fazer em dezembro para não começar o ano no vermelho

Luciana Ikedo
Luciana Ikedo
Empresária, palestrante internacional, escritora e especialista em comunicação financeira, Luciana Ikedo possui mais de 28 anos de experiência em finanças e investimentos. Planejadora financeira e empreteca, é reconhecida como autoridade na área, com certificações nacionais e internacionais, além de ser finalista da 2ª edição do Prêmio de Educação Financeira do Instituto XP. Recentemente, lançou pela Editora Loyola o livro Vida Financeira: Descomplicando, Economizando e Investindo. É sócia da RV4 Investimentos, colunista semanal do Jornal A Hora do Vale Dia, transmitido pelo SBT Vale do Paraíba e Litoral, e contribui quinzenalmente para a seção "Você no Azul" da Revista Ana Maria. Formada em Administração de Empresas, Luciana possui MBA Internacional em Gestão Empresarial pela FGV com extensão na Universidade de Ohio, além de MBA em Banking pelo Insper e MBA Executivo em Saúde pela FGV, com extensão na Universidade de Tampa, na Flórida.
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O fim do ano costuma trazer sentimentos misturados para quem empreende. De um lado, vem o alívio por encerrar mais um ciclo; de outro, a preocupação com tudo o que o próximo ano vai exigir.

E é justamente nessa transição que muitas decisões importantes acabam sendo deixadas para janeiro, um mês que, por natureza, já pesa mais no caixa da maioria das empresas. Por isso, sempre reforço que dezembro pode ser um aliado importante, desde que o empreendedor aproveite essas semanas para fazer uma revisão cuidadosa da rotina financeira do negócio.

O primeiro passo é olhar para compromissos que foram sendo renovados automaticamente ao longo do ano e que talvez não façam mais sentido. Muitas empresas carregam despesas que poderiam ser eliminadas, como linhas telefônicas sem uso, assinaturas pouco aproveitadas e ferramentas contratadas em duplicidade. Uma limpeza criteriosa nessas despesas recorrentes ajuda a liberar recursos e já traz alívio imediato para o caixa.

Outro ponto que sempre merece atenção é a revisão de preços e margens. Antes de pensar em reajustes no início do ano, é importante entender se cada produto ou serviço está realmente entregando retorno compatível com o esforço e com o custo operacional envolvido. Nem sempre aumentar o preço resolve; às vezes, o problema está na forma como o negócio está estruturando as entregas ou na falta de clareza sobre a própria margem.

Também costumo orientar os empreendedores a fazer uma lista realista de prioridades. Pequenos negócios convivem com restrições de caixa, e isso exige escolhas bem feitas. Há demandas que realmente precisam ser resolvidas antes do fim do ano, enquanto outras podem ser deixadas para fevereiro ou março sem causar impactos na operação. O importante é que essa decisão seja consciente, não fruto da correria ou da falta de planejamento.

O fim do ano também é um momento valioso para observar o comportamento do cliente. Produtos que tiveram baixa procura, serviços que não performaram como o esperado e demandas recorrentes que ainda não foram incorporadas ao portfólio trazem pistas importantes sobre o que pode ser ajustado. Muitas oportunidades surgem desse olhar atento, sem que seja necessário fazer grandes investimentos.

E, por fim, é essencial preparar o caixa para o primeiro trimestre. Janeiro, fevereiro e março costumam ser mais instáveis, e antecipar esse movimento faz diferença. Mesmo que a empresa ainda não tenha uma reserva bem formada, é possível organizar datas de pagamento, mapear compromissos e estruturar minimamente o que vem pela frente. Organização não resolve todos os desafios, mas evita boa parte dos problemas comuns nesse período.

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