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Operação contra lavagem de dinheiro do PCC apreende carros de luxo

Ação determinou o bloqueio de patrimônio milionário e recolheu veículos de alto padrão ligados ao crime organizado

A polícia apreendeu um Audi RS6 avaliado em R$ 950 mil, além de modelos da Porsche como Macan, de R$ 400 mil, Cayenne, cerca de R$ 1 milhão, Taycan, R$ 800 mil, e um Carrera Stuttgart, estimado em R$ 1,5 milhão Foto: Divulgação/Governo de SP
A polícia apreendeu um Audi RS6 avaliado em R$ 950 mil, além de modelos da Porsche como Macan, de R$ 400 mil, Cayenne, cerca de R$ 1 milhão, Taycan, R$ 800 mil, e um Carrera Stuttgart, estimado em R$ 1,5 milhão Foto: Divulgação/Governo de SP

Carros de luxo, embarcações e imóveis de alto padrão estão entre os bens colocados na mira da Operação Falso Mercúrio, deflagrada pela Polícia Civil nesta quinta-feira (4). A ação tem como alvo uma quadrilha especializada em lavagem de dinheiro ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). As ações ocorreram tanto na capital paulista quanto na Grande São Paulo.

Ao todo, foram cumpridos 54 mandados judiciais, incluindo seis ordens de prisão e 48 de busca e apreensão.

Entre os carros apreendidos havia veículos de luxo. A polícia recolheu um Audi RS6 avaliado em R$ 950 mil, além de modelos da Porsche, como Macan (R$ 400 mil), Cayenne (cerca de R$ 1 milhão), Taycan (R$ 800 mil) e um Carrera Stuttgart estimado em R$ 1,5 milhão. Outros carros usados pelos suspeitos também foram retirados, como um Jeep Compass blindado (R$ 160 mil), um Honda Civic (R$ 120 mil), um Toyota Corolla (R$ 40 mil) e até um GM Celta (R$ 20 mil). Pelo menos 257 automóveis, avaliados em R$ 42 milhões, tiveram restrições impostas.

Carros apreendidos durante a operação | Foto: Divulgação/Governo de SP
Carros apreendidos durante a operação | Foto: Divulgação/Governo de SP

A Justiça determinou ainda o sequestro de 49 imóveis, de três embarcações e 257 veículos em nome dos investigados. Pelo menos 20 pessoas físicas e outras 37 jurídicas tiveram as contas bloqueadas.

Segundo as investigações da 3ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG), o grupo montou uma engrenagem sofisticada para lavar dinheiro obtido por meio de crimes como tráfico de drogas, estelionato e exploração de jogos de azar. Há indícios de que essa estrutura tenha ligação direta com o PCC.

Ainda de acordo com a polícia, o esquema funcionava a partir de três núcleos: coletores, responsáveis pela arrecadação dos valores ilegais; intermediários, que faziam a movimentação e ocultação dos recursos; e os beneficiários finais, que recebiam o dinheiro já “limpo”. Cada etapa tinha funções bem definidas para garantir o funcionamento do esquema.

A operação mobilizou 100 policiais civis. O delegado e diretor do Deic, Ronaldo Sayeg, destacou que esta é a maior investigação patrimonial e financeira já realizada pelo departamento. “Seguimos a diretriz de descapitalizar o crime organizado e recuperar ativos. Essa operação simboliza isso em razão do número de imóveis e bens que estão bloqueados e restritos”, afirmou.

Segundo o delegado-geral Artur Dian, as 49 empresas investigadas por lavagem de dinheiro são de diversos setores, como lojas de carro, padarias, fintechs. “Esse dinheiro sujo, oriundo do crime organizado, passava por essas empresas e elas lavavam esse dinheiro e devolviam para os criminosos”.

A nome da Operação Falso Mercúrio faz alusão ao Deus do comércio e dos trapaceiros na mitologia romana.

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