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Vítima de feminicídio é sepultada na PB; PM confessou crime

O clima do funeral foi marcado por forte comoção, com amigos e familiares reunidos em manifestação de dor e pedidos por justiça

Crime ocorreu após discussão do casal iniciada em uma festa; policial ligou para as autoridades e se entregou
PM admitiu o crime por telefone e entregou a arma usada no feminicídio | Fotos: Reprodução/Internet

Foi sepultada na manhã deste domingo (7), no município de Ingá, no interior da Paraíba, Élida Nascimento, vítima de feminicídio. O clima do funeral foi marcado por forte comoção, com amigos e familiares reunidos em manifestação de dor e pedidos por justiça.

Élida foi morta na madrugada de sábado (6), às margens da PB-095, rodovia que liga Massaranduba a Serra Redonda, no Agreste paraibano. O principal suspeito do crime foi o próprio marido, o policial militar cabo Luiz Miguel, que confessou ter efetuado o disparo que tirou a vida da esposa.

Discussão durante o trajeto

O casal retornava de uma festa em Campina Grande para casa, em Serra Redonda, quando iniciou uma discussão dentro do carro. Por volta das 5h10, já na comunidade do Sítio Chupadouro, o policial teria parado o veículo, retirado a esposa e disparado contra a cabeça dela.

Após o crime, o militar acionou a Polícia Militar, relatou o ocorrido e entregou a arma usada. Ele foi detido e conduzido à Central de Polícia de Campina Grande, onde permanece sob custódia e à disposição da Justiça.

Relacionamento conturbado

Durante depoimento, Luiz Miguel afirmou que teria “entrado em surto” no momento do crime. A delegada Renata Dias, responsável pela investigação, informou que o casal estava oficialmente casado havia quatro meses, mas se relacionava há cerca de um ano, período marcado por discussões frequentes, ciúmes e idas e vindas.

Segundo a delegada, o casal estava em processo de divórcio, mas havia voltado a conviver recentemente após tentativas de reconciliação. Na noite anterior ao crime, eles estiveram em um bar em Campina Grande, onde discutiram por ciúmes, exigindo intervenção de uma guarnição da Polícia Militar. A vítima, no entanto, chegou a afirmar à polícia que não havia sido agredida.

No trajeto para casa, Élida teria iniciado outra discussão, segundo a versão do policial, chegando a agredi-lo e ameaçar descer do veículo ainda em movimento. Ele então afirmou ter sacado a arma particular e atirado, sem saber quantos disparos realizou.

Investigação continua

A Polícia Civil segue investigando o caso para esclarecer completamente as circunstâncias e motivação do crime. O feminicídio gerou forte repercussão na região, com moradores e familiares cobrando uma resposta rápida da Justiça.

Élida foi lembrada durante o sepultamento como uma mulher alegre, querida e dedicada à família.

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