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Bebê morre afogado em balde na PB; Polícia investiga caso

A Polícia Civil informou que, a princípio, trata o caso como acidente, mas um inquérito já foi instaurado para apurar as circunstâncias da morte

A Polícia Civil informou que, a princípio, trata o caso como acidente, mas um inquérito já foi instaurado para apurar as circunstâncias da morte
Foto ilustrativa: Ideogram

Uma criança de 1 ano e sete meses, identificada como Sérgio Raví, morreu afogada dentro de um balde com água no município de Borborema, região do Brejo da Paraíba, no sábado (6). A informação foi confirmada pelo delegado Diogenes Fernandes, responsável pelo caso.

Segundo o delegado, a mãe da vítima relatou em depoimento que o menino estava dormindo no quarto, enquanto ela conversava com o marido por meio de uma ligação telefônica em outro cômodo da casa. Ela afirmou não ter percebido o momento em que a criança saiu do local e entrou no balde.

A mãe só notou a ausência do filho após encerrar a ligação. Ao procurar pela casa, encontrou o menino já submerso. Vizinhos foram acionados, e manobras de massagem cardíaca chegaram a ser realizadas. A criança ainda foi socorrida e levada para um hospital na cidade de Serraria, mas não resistiu.

A Polícia Civil informou que, a princípio, trata o caso como acidente, mas um inquérito já foi instaurado para apurar as circunstâncias da morte. A investigação busca esclarecer todos os detalhes envolvendo o ocorrido.

O Afogamento no Brasil: Dados Alarmantes

O afogamento é um problema sério no Brasil. De acordo com um estudo divulgado em 2024 pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), com base em dados de 2022, a cada 90 minutos, uma pessoa morre afogada no país. A pesquisa aponta que o afogamento é a segunda principal causa de óbito de crianças entre 1 e 4 anos e a quarta principal entre jovens de 5 a 24 anos.

O risco de morte por afogamento é significativamente maior entre os homens, que morrem, em média, seis vezes mais do que as mulheres. Além disso, cerca de 40% das mortes por afogamento ocorrem antes dos 29 anos de idade, com três crianças morrendo afogadas diariamente.

Águas Naturais e Riscos

A maior parte dos óbitos ocorre em águas naturais, como rioslagos e represas, representando 70% das mortes. Crianças menores de 9 anos têm mais chances de se afogar em piscinas ou em residências, enquanto adolescentes e adultos correm mais risco em praias e corpos d’água naturais.

Os dados também destacam o aumento do risco durante o verão. Aproximadamente 41% dos afogamentos acontecem entre dezembro e março. As crianças que sabem nadar também estão em risco, especialmente devido à sucção de bombas em piscinas.

Afogamento: Um Problema de Saúde Pública

afogamento é considerado um incidente, e não um simples acidente. Embora muitas mortes ocorram de forma inesperada, a prevenção é a melhor forma de tratar este problema. Estima-se que cada óbito por afogamento custe cerca de 210 mil reais ao Brasil, considerando os impactos econômicos e sociais.

Em áreas de banho sem guarda-vidas, o risco de morte por afogamento é 60 vezes maior. Além disso, a pesquisa aponta que, a cada 18 resgates realizados por guarda-vidas, 1 pessoa necessita de atendimento hospitalar, e, a cada 38 pacientes atendidos no hospital, 1 vem a óbito.

A Luta Contra a Endemia

Apesar dos números alarmantes, o Brasil tem conseguido avanços na redução das mortes por afogamento. Entre 1995 e 2022, a mortalidade por afogamento caiu 48%, o que indica progresso na conscientização e na prevenção de incidentes relacionados à água. No entanto, a região Norte do país ainda apresenta o maior risco de morte por afogamento.

Tanto o Batalhão de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros da Paraíba, quanto a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático continuam a trabalhar para aumentar a educação sobre segurança aquática e reforçar as políticas de prevenção. O Brasil ainda enfrenta um grande desafio, mas as medidas adotadas têm mostrado resultados positivos na redução dos índices de mortes por afogamento.

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