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Entenda a repercussão sobre a falta de energia em São Paulo

Justiça impõe prazo de 12 horas para Enel restabelecer energia e determina multa de R$ 200 mil por hora em caso de descumprimento

Justiça impõe prazo de 12 horas para Enel restabelecer energia e determina multa de R$ 200 mil por hora em caso de descumprimento
Nesta noite ainda zona norte sem luz, bairro do Jardim Pery Alto ruas massao Watanabe, junto com General Penha Brazil ,com risco de acidente por falta de energia nos poste,| Marcelo Oliveira/RasPress/Folhapress

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) endureceu o tom contra a concessionária Enel e determinou, em decisão proferida pela juíza Gisele Valle Monteiro da Rocha, que a empresa restabeleça o fornecimento de energia elétrica para todos os clientes de sua área de concessão em até 12 horas. A medida, que atende a um pedido do Ministério Público de São Paulo (MPSP), ocorre em meio a uma crise que ainda deixa 519 mil imóveis na Grande São Paulo sem eletricidade na manhã deste sábado (13), segundo o balanço mais recente.

A magistrada da 31ª Vara Cível estipulou uma multa horária de R$ 200 mil caso a distribuidora não cumpra os prazos estabelecidos. A decisão visa acelerar a resposta da companhia após o temporal que atingiu a região na última quarta-feira (10), afetando inicialmente mais de 2 milhões de clientes.

Prioridade para serviços essenciais

No despacho, a juíza determina que o religamento deve ser imediato a partir da notificação da decisão. Nos locais onde houver inviabilidade técnica imediata, foi fixado um prazo máximo de 4 horas para o restabelecimento em situações críticas, que incluem:

  • Saúde: Unidades hospitalares e serviços de saúde (114 unidades estavam sem energia desde quinta-feira);
  • Vidas em risco: Eletrodependentes cadastrados na concessionária;
  • Segurança e Educação: Delegacias, presídios, creches e escolas (especialmente devido à realização de provas e vestibulares);
  • Água: Sistemas de abastecimento da Sabesp e condomínios que dependem de bombas elétricas;
  • Vulneráveis: Locais com concentração de idosos e pessoas com deficiência.

Para os demais consumidores residenciais e comerciais, vale o prazo teto de 12 horas.

Transparência obrigatória

Além da urgência técnica, a Justiça cobrou transparência. A Enel deve informar, em até 12 horas, a estimativa de retorno da luz por área e ocorrência em todos os seus canais (site, app, telefone e redes sociais). A decisão também obriga a empresa a manter canais de atendimento funcionais que permitam o registro da falta de luz e a emissão de protocolos, sob pena de infração ao direito de informação.

“O descumprimento desta decisão implicará execução imediata da multa, comunicação à Aneel e aos órgãos de defesa do consumidor, além da adoção de medidas mais gravosas, como bloqueio de valores e intervenção judicial”, advertiu a juíza na sentença.

O que diz a Enel

Procurada, a Enel emitiu uma nota onde não cita diretamente os prazos judiciais estipulados, mas reforça que “tem cumprido com todos os compromissos estabelecidos no contrato de concessão”. A empresa afirma que reforçou seu plano operacional com a contratação de mais eletricistas e aumento das manutenções preventivas.

“De 2025 a 2027, a distribuidora vai investir R$ 10,4 bilhões, montante recorde para a região, principalmente em função do avanço dos eventos climáticos”, diz o comunicado. A companhia destaca ainda que o Tempo Médio de Atendimento (TMA) no verão passado foi reduzido em 50% e que “segue comprometida com a melhoria contínua de todos os serviços prestados aos seus clientes”.

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