Nesta quarta-feira, a Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto afirmou que a cidade enfrenta situação crítica, devido à falta de medicamentos para o chamado “kit intubação” que deveriam ter sido entregues no último final de semana. Apesar disso, a prefeitura não informou quanto material existe em estoque e se isso pode afetar o atendimento a pacientes que estão internados hoje.
Os prazos para entrega fazem parte de um acordo entre a Secretaria da Saúde do município e o Ministério da Saúde e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (COSEMS-SP). De acordo com a pasta, o atraso ocorreu porque “os contratos não estão sendo cumpridos por parte das empresas fornecedoras por requisição administrativa de 100% da produção pelo Ministério da Saúde”.
O Grupo Thathi questionou a Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto a respeito da quantidade de pacientes que seria possível atender com o atual estoque de medicamentos para o “kit intubação” da cidade, além de quantos dias o estoque ainda pode cobrir e se já existe uma fila de espera por tais kits, mas não obteve retorno.
Outro lado
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou ao Grupo Thathi que já distribuiu aos estados e município cerca de 8 milhões de medicamentos para intubação de pacientes ao longo da pandemia. Além disso, disse que ao longo desta semana, “um grupo de empresas vai doar mais de 3,4 milhões de medicamentos, que serão distribuídos imediatamente aos entes federativos”.
A pasta contou ainda que dois pregões estão em andamento para a compra direta dos medicamentos via Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). E afirmou que os acordos respeitam a realidade dos fabricantes, os contratos fechados anteriormente e a necessidade do Brasil.
A reportagem também entrou em contato com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de São Paulo, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.
Confira a nota do Ministério da Saúde na íntegra
O Ministério da Saúde informa que já distribuiu aos estados e municípios mais de 8 milhões de medicamentos para intubação de pacientes ao longo da pandemia. Nesta semana, um grupo de empresas vai doar mais de 3,4 milhões de medicamentos, que serão distribuídos imediatamente aos entes federativos. Além disso, estão em andamento dois pregões e uma compra direta via OPAS.
A pasta esclarece que todos os acordos feitos para aquisição de medicamentos de intubação orotraqueal (IOT) respeitam a realidade de cada fabricante, os contratos fechados anteriormente e a necessidade do Brasil, contemplando hospitais públicos e privados nas regiões com maior risco de desabastecimento.