A partir desta segunda (9), até 14 de agosto, a Secretaria de Saúde, promove a Campanha Estadual de Prevenção e Controle da Leishmaniose Visceral para conscientizar a população sobre os graves problemas causados pela doença que é pode ocorrer tanto em seres humanos quanto em cães, por meio da picada do mosquito da palha.
Entre os sintomas da doença em humanos estão: febre duradoura, perda de peso, fraqueza, anemia e aumento do fígado e baço. Em casos graves podem ocorrer sangramentos. As pessoas que apresentarem esses sintomas devem procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento.
Já os animais podem adoecer logo ou demorar meses para apresentar sintomas. Os principais sintomas nos animais são: emagrecimento, queda de pelos, crescimento exagerado das unhas, descamação da pele, fraqueza, feridas no focinho, nas orelhas, ao redor dos olhos e nas patas.
A orientação, explica a bióloga da Secretaria da Saúde, Roberta Azevedo, é para que, a qualquer sintoma da doença, o animal seja levado ao veterinário. “Medidas simples para manter o ambiente limpo protegem você, seus familiares e a comunidade da leishmaniose. Cada cidadão deve limpar diariamente quintais e jardins, recolhendo todo material orgânico do chão, como fezes de animais, acúmulo de folhas e frutos de árvores, restos de madeira, entre outros”, explica.
A única forma de saber se os cães estão infectados é por meio de exames específicos de laboratório. Atualmente, existe apenas um medicamento aprovado contra a leishmaniose canina, que possuiu custo muito elevado e não há garantia de eliminação do parasita, apenas melhora ou remissão dos sintomas. Portanto, o tratamento dos cães não é recomendado, pois o animal continuará infectando o mosquito vetor. Em caso de suspeita, procure orientação de um médico veterinário.
A doença
A leishmaniose visceral (LV) é uma doença grave, causada por um parasito transmitido para pessoas e cães por meio da picada de um inseto muito pequeno, conhecido como “mosquito palha”. Esse mosquito tem cor castanha ou amarela e costuma picar ao entardecer e durante a noite.
No ciclo da doença, o inseto pica um cão doente – portador do parasito – e depois pica uma pessoa saudável, que também pode desenvolver a doença.
Sem o inseto, não há transmissão da leishmaniose. Então, a melhor prevenção é evitar a proliferação do mosquito palha. As fêmeas dessa espécie põem seus ovos na terra úmida, sombreada e com acúmulo de folhas, frutos e fezes de animais e isso dá início à proliferação do vetor.