PM realiza treinamento para jornalistas sobre o uso da arma de choque

Mais de 3,7 mil armas de menor potencial ofensivo já são utilizadas pelos militares paulistas, visando à preservação da vida

Divulgação: SSP

A Polícia Militar do Estado de São Paulo desenvolveu, na última quinta-feira (19) a primeira edição do treinamento para comunicadores sobre o uso da arma de incapacitação neuromuscular. O objetivo é permitir ao jornalista conhecer esse importante equipamento e vivenciar o treinamento policial.

Os jornalistas receberam instruções técnicas e orientações práticas e ainda puderam vivenciar a prática realizando um disparo com um cartucho específico para treinamento. As atividades práticas foram realizadas na Escola de Educação Física da PMESP pelo capitão Wellington, do Centro de Material Bélico e 1º tenente Ellen Pádua da Escola.

A PMESP é reconhecida internacionalmente pelo uso de técnicas e táticas operacionais que garantem excelência na prestação de segurança pública e, por isso, é importante que os formadores de opinião tenham conhecimento dos recursos usados na busca de qualidade visando sempre à preservação da vida.

Com potência de 50.000 volts e com intensidade de 1,2 mA, as armas da marca Taser X2 permitem que a pessoa atingida seja imediatamente controlada. Alimentadas por dois cartuchos, elas possuem capacidade para 19 ciclos por segundo e possuem dois pontos laser de visada.

O uso desse tipo de arma menos letal é indicado para a contenção de pessoas que ofereçam risco iminente a terceiros, a policiais militares ou a si mesmas, em alternativa ao uso da arma de fogo. Isso porque a arma de incapacitação neuromuscular atinge os sistemas nervosos motor e sensorial, causando a incapacitação de agressor.

A utilização de armas de incapacitação neuromuscular, que são de menor potencial ofensivo, é uma das diversas de medidas estratégicas adotadas pelo comando da PM paulista, desde o ano passado, que possibilitaram uma importante redução na quantidade de mortes em confronto policial.

“Este tipo de equipamento permite que os policiais trabalhem dentro da excludente de antijuricidade e ainda evitem o resultado morte em situações graves”, explicou o coronel Robson Cabanas, chefe do Centro de Comunicação Social da PM.

“A redução do uso da força de uma polícia é resultado da qualidade do seu treinamento e do emprego técnico de seus equipamentos e recursos”, diz o coronel Fernando Alencar Medeiros, Comandante Geral.

Investimentos

Atualmente, a PM conta com 3.750 armas de incapacitação neuromuscular. Elas foram adquiridas por meio de processo licitatório iniciado em 2019 e foram incorporadas à instituição no ano passado, sendo que para isso foram investidos U$ 1,2 mil em cada kit, que é composto por uma arma, dois cartuchos operacionais e um de treinamento. 

Além disso, é aguardada a entrega de mais 3.125 mil armas, 10.000 cartuchos operacionais e 14.500 cartuchos de treinamento, já adquiridos pela instituição. A atual gestão também já investiu mais de R$ 170,4 milhões para aquisição de novas pistolas semiautomáticas, fuzis, metralhadoras, submetralhadoras, espingardas e coletes balísticos.

Informações: SSP

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