O Theatro Pedro II completou, nesta sexta-feira (8), 91 anos desde sua fundação e recebeu as cores vermelha e amarelo, símbolo de sua arquitetura.
Quem passa pelo centro de Ribeirão Preto tem a oportunidade de ver a grandiosidade do Theatro Pedro II, considerado o terceiro maior teatro de opera do Brasil. Seu complexo arquitetônico é um dos principais patrimônios culturais e históricos da cidade, sendo referência dos ribeirão-pretanos.
Ainda no mês de outubro, um concerto on-line da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, no dia 23, reforçará as comemorações de aniversário. No repertório, obras de Astor Piazzola com a regência de Reginaldo Nascimento e participação dos solistas convidados Norberto Vogel e Matias Nieva. A transmissão será nos canais do Youtube do Theatro Pedro II, da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto e da Prefeitura Municipal.
91 anos de história
Inaugurado em 8 de outubro de 1930, no apogeu do ciclo do café, pelos barões daquela época, cerca de duas mil pessoas assistiram a apresentação do filme “Alvorada do Amor” no Theatro Pedro II.
Entre os anos de 1950 e 1970, o subsolo foi o local dos grandes bailes de carnaval da cidade, além de ser utilizado como sala de jogos, ficando conhecido como “Caverna do Diabo”. O Theatro também contava com passagens secretas utilizadas por membros da alta sociedade que se hospedavam nos hotéis ao lado do prédio.
O declínio do Theatro começou a partir da década de 70, com seu arrendamento. Após uma reforma que descaracterizou totalmente sua estrutura original, se transformou em cinema.
A data de 15 de julho de 1980 jamais será esquecida. Durante a exibição do filme “Os Três Mosqueteiros Trapalhões”, um incêndio devastou o Theatro Pedro II, destruiu a cobertura e comprometeu sua estrutura. No dia 7 de maio de 1982, o prédio foi tombado pelo Condephaat após campanhas pedindo a preservação do patrimônio.
Em maio de 1991, iniciou-se a primeira etapa de restauração e modernização do Pedro II. Na fase de reforma, a cúpula metálica da plateia principal foi reconstruída pela artista plástica Tomie Ohtake, que criou o lustre de cristal “Gota D’água”, além do rebaixamento da caixa cênica em seis metros. A reforma durou cinco anos e o restauro das características arquitetônicas originais recuperaram o Pedro II, ampliando suas funções.
Em agosto de 1996, um concerto da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto com o Coral do Teatro Colón, de Buenos Aires, marcou a reinauguração do Theatro Pedro II com a apresentação da ópera O Guarani e a Nona Sinfonia de Ludwig van Beethoven, respectivamente sob regência dos maestros Roberto Minczuk e Isaac Karabtchevsky, além da presença do tenor solista Fernando Portari.