A Polícia Federal (PF) prendeu ontem (23) em Araçatuba (SP) e outras cidades 15 pessoas suspeitas de fraudes no Auxílio Emergencial. Nas Operações “Vida Fácil I” e “Vida Fácil II” estão sendo investigadas fraudes de aproximadamente R$ 10 milhões em pagamentos do Auxílio Emergencial do Governo Federal.
Aproximadamente 210 policiais federais cumpriram 17 mandados de prisão preventiva e 54 mandados de busca e apreensão nas cidades de Araçatuba, Bauru, Marília, Birigui, São José do Rio Preto (SP), Porto de Galinhas (PE), Anápolis (GO) e Maringá (PR). Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara da Justiça Federal de Araçatuba.
A Polícia Federal iniciou as investigações em Araçatuba, no começo deste ano, após receber informações da Unidade de Repressão às Fraudes ao Auxílio Emergencial da PF em Brasília. Após realização de cruzamento de dados, vários indivíduos foram identificados em diversos auxílios emergenciais fraudados. Esta unidade de repressão atua com sistemas de informações de um banco de dados que orienta ações estratégicas utilizadas em ação conjunta entre a Polícia Federal, Ministério Público Federal, Ministério da Cidadania, Caixa Econômica Federal, Controladoria-Geral da União, Tribunal de Contas da União e Receita Federal. O objetivo é desarticular grupos ou organizações criminosas que atuam neste tipo de crime em várias unidades da federação.
As investigações confirmaram que duas organizações criminosas especializadas na prática de furto – mediante fraude – do benefício assistencial, com base em Birigui, estavam agindo não só na região de Araçatuba, mas também em outros Estados. Os líderes dos grupos criminosos ostentavam alto padrão de vida, adquirindo veículos de luxo e imóveis de alto padrão.
A pedido da Polícia Federal, a Justiça Federal decretou, além das buscas e prisões, o bloqueio de bens e valores dos investigados com a intenção de garantir a restituição aos cofres públicos dos valores desviados. Os presos serão indiciados pelos crimes de furto, mediante fraude, praticados por meio de dispositivo eletrônico ou informático, e associação criminosa.
Caso sejam condenados, eles estarão sujeitos à pena máxima de até 16 anos de reclusão. Todas as apreensões realizadas foram encaminhadas para a sede da Polícia Federal em Araçatuba, assim como os presos. Depois serem ouvidos, eles serão encaminhados para cadeias da região, onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.