José Carlos Barbosa*
Nesta quarta feira (16 de fevereiro) dia 16/02/2022, perto do meio dia, fiquei abismado. Estava eu na Avenida Meira Jr., entre Rua João Bim e Rua Patrocínio, aguardando um ônibus do transporte coletivo – péssimo, por sinal – quando fiquei sabendo do aumento das tarifas de ônibus, que passou de R$ 4,20 para R$ 5.
Pelo menos no meu modo de ver, essa tarifa é absurda. Além de termos a passagem mais cara do Brasil, temos um aumento estrondoso, que pode impactar muito para aqueles que fazem uso diário desta modalidade de transporte.
Imagine você: quando o trabalhador usa quatro passagens por dia, irá pagar R$ 3,20 a mais a cada dia, gerando um pequeno desfalque mensal de R$ 96. Oras, esse valor é muito próximo do aumento total dado ao salário mínimo, que ficou na casa dos R$ 100! E o restante dos gastos, como alimentação e vestuário, para ficar no grosso, será que não subiram?
Vocês chegaram ao ponto de ver esta situação? Juro que a equação não é tão difícil.
Será que o Ministério Público viu o desfalque em vários orçamentos?
Isto nos faz pensar que a malfadada greve de motoristas foi, mais uma vez, pretexto para essa exorbitância de reajuste, com aval municipal.
Mas nem é o pior: no dia que houve o aumento de R$ 0,80, cheguei ao ponto por volta de 11h55h e iniciei a espera pelo coletivo do itinerário HIGIENÓPOLIS. Sabe que horas o ônibus passou? Pasmem os senhores, às 12h48h. Lotação? 50% acima do normal. Todos pendurados!!!
Então vamos raciocinar um pouquinho só.
Não faz tanto tempo, a Prefeitura, com o aval dos Vereadores, “ACUDIU” o Consórcio com a BAGATELA de R$ 17 milhões, se não me falha a memória, porque, dizem, o brasileiro tem memória curta.
Ainda assim, permitiu-se que, nesta data, houvesse um aumento de R$ 0,80 na passagem do Coletivo Urbano.
No exemplo que citei, falei sobre a Higienópolis, uma linha que já tinha um grande fluxo de passageiros quando ela o intervalo entre os veículos era de 15 minutos. Nessa época, já eram cheiros os carros. Imagine com frequência de 45 minutos!
Eles têm que arrastar multidões, como diz uma música, (o vento tem que arrastar multidões), não é isto?
Então, aqui está a razão de minha pergunta, a estas pessoas que autorizamos a nos defender, e espero que ouçam, não só o meu clamor, mas de toda comunidade que usa Coletivo Urbano. Este grito de SOCORRO!!!
TEM VEREADOR DE PLANTÃO
Sei que seria até injusto pedir, MAS gostaria de ver alguns dos nossos EDIS em viagens nos coletivos, pelo menos uma vez por semana! Mas que paguem a passagem de seus bolsos e sem avisar às autoridades quando vão! E nada de Cartão Corporativo.
Sou um amigo da coletividade, que usa ônibus.
*José Carlos Barbosa é escritor, jornalistas, pesquisador e buscador. É presidente da Ordem dos Jornalistas de Ribeirão Preto