A Polícia Federal e o MPT (Ministério Público do Trabalho) investigam um esquema que recrutava trabalhadores rurais no Nordeste para explorá-los em fazendas de cana-de-açúcar na região Ribeirão Preto. Uma operação dos dois órgãos, realizada na última sexta-feira (8), resgatou 18 homens em condições análogas à escravidão que estavam em alojamentos em Guariba.
Os cortadores afirmaram aos fiscais que foram contratados com a promessa de receber R$ 1 por metro cúbico de cana cortada, o que representaria até R$ 3 mil por mês. Para recrutar a mão de obra, um intermediário usou o nome de uma usina fechada.
Ao chegarem na região, contudo, foram colocados em um alojamento com falta d’água e sem comida. Além disso, o pagamento pelo trabalho nunca ultrapassou os R$ 0,33 por metro cortado.
os investigadores procuram por esse intermediário e pelos proprietários das fazendas onde esses trabalhadores atuavam. Todos serão investigados pelo crime de redução à condição análoga a de escravo, que tem pena prevista de dois a oito anos de prisão.